Nos primeiros seis meses deste ano, o estado do Amazonas realizou 92 transplantes de órgãos e tecidos, sendo 39 de rins e 53 de córneas. O dado acompanha uma tendência nacional de crescimento: em todo o país, foram realizados 14,9 mil procedimentos, representando um aumento de 21% em comparação a 2022.
Apesar do avanço, o Ministério da Saúde chama atenção para um desafio persistente: 45% das famílias ainda recusam a doação de órgãos. Atualmente, mais de 80 mil pessoas estão na fila por um transplante no Brasil, sendo 258 apenas no Amazonas.
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Para enfrentar essa resistência e melhorar os índices de doação, o governo federal lançou o Prodot – Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. A iniciativa tem como foco principal reconhecer e incentivar o trabalho das equipes hospitalares envolvidas na identificação de doadores, na logística e na condução dos transplantes. Pela primeira vez, esses profissionais contarão com incentivos financeiros, proporcionais ao número de atendimentos realizados e aos resultados obtidos, como o aumento das autorizações familiares.
O programa contará com um orçamento anual de R$ 20 milhões para reforçar o Sistema Nacional de Transplantes. Desse montante, R$ 13 milhões serão direcionados à inclusão de novos procedimentos, como o transplante de membrana amniótica, indicado para vítimas de queimaduras graves — e o transplante multivisceral, destinado a pacientes com falência intestinal.

 

