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Em cinco dias, 31 balsas usadas no garimpo ilegal no Amazonas são destruídas

A operação, coordenada pela FUNAI e com o apoio da Polícia Militar Ambiental, foi iniciada no último dia 11 e tem intensificado ações contra o garimpo ilegal na região do Rio Madeira.

Foto: Divulgação IBAMA

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou nesta quarta-feira (19) um balanço da Operação Xapiri, contra o garimpo ilegal.  Ao todo, 31 balsas foram destruídas em um intervalo de cinco dias.

A operação, coordenada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e com o apoio da Polícia Militar Ambiental, foi iniciada no último dia 11 e tem intensificado ações contra o garimpo ilegal na região do Rio Madeira. Até o dia 15 de março, fiscais do Ibama realizaram um quantitativo expressivo de autos de apreensão e destruição de balsas ilegais utilizadas na exploração de ouro:

  • 11/03 – 04 balsas destruídas
  • 12/03 – 08 balsas destruídas
  • 13/03 – 02 balsas destruídas
  • 14/03 – 05 balsas destruídas
  • 15/03 – 12 balsas destruídas

De acordo com o Ibama, grande parte dessas estruturas foi encontrada nas terras indígenas Setemã e Arary, áreas tradicionalmente ocupadas por povos originários que vêm sofrendo graves impactos devido à atividade garimpeira predatória. A exploração de ouro na região do Rio Madeira tem causado prejuízos socioambientais severos a exemplo do despejo indiscriminado de mercúrio. O material contamina a água, compromete a saúde de ribeirinhos e comunidades indígenas, além de impactar a fauna e a flora locais.

Para os agentes federais, há três grandes problemas relacionados a atuação de garimpeiros ilegais; além dos impactos do mercúrio, existe também o desmatamento e a movimentação de sedimentos que alteram o curso dos rios, prejudicando a biodiversidade da Amazônia. Outro ponto crítico é que a presença dos criminosos gera conflitos com os povos indígenas, resultando em episódios de intimidação e violência.

Ação planejada desde dezembro

A Operação Xapiri é fruto de longas reuniões estratégicas entre a FUNAI e o Ibama, que desde dezembro de 2024 trabalham na organização de ações para coibir a atividade garimpeira ilegal. A missão tem como principais objetivos desarticular a mineração ilegal nas proximidades e dentro das terras indígenas, além de combater outros crimes ambientais que vêm sendo praticados na região.

A operação segue em andamento, sem data definida para ser encerrada. As forças envolvidas reforçam o compromisso com a preservação do meio ambiente e a proteção dos direitos dos povos indígenas, buscando garantir um futuro sustentável para as comunidades afetadas.

*Fonte: Acrítica

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