A educação a distância (EaD) continua ganhando força no Brasil, representando mais da metade das matrículas no ensino superior em 2024 e registrando crescimento de 5,6% em relação ao ano anterior, enquanto os cursos presenciais tiveram leve queda de 0,5%. O aumento da EaD tem permitido que estudantes que trabalham durante o dia tenham acesso ao ensino superior, contribuindo para a descentralização da oferta em todo o país, segundo o presidente do Inep, Manuel Palacios.
No total, o Brasil atingiu 10.227.226 matrículas na graduação, alta de 2,5% em relação a 2023 e crescimento de 30,5% em uma década (2014–2024). Do total, 5,01 milhões de estudantes ingressaram no ensino superior em 2024.
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A EaD já está presente em 3.387 municípios, alta de 97% em relação a 2014. Quanto ao grau acadêmico, 60% das matrículas estão em cursos de bacharelado, 20,2% em tecnológicos e 16,9% em licenciaturas. Entre 2014 e 2024, os cursos tecnológicos quase dobraram, enquanto bacharelados cresceram 20,4% e licenciaturas 17,2%.
O país possui 2.561 instituições de ensino superior, sendo 2.244 privadas e 317 públicas. A maior parte das matrículas (79,8%) está na rede privada, enquanto as universidades públicas representam 56,3% do total de instituições.
Entre os cursos com mais matrículas em 2024, destacam-se pedagogia, administração, direito, contabilidade, enfermagem, sistemas de informação, gestão de pessoas, psicologia e educação física. Mais de 1,3 milhão de estudantes concluíram a graduação, sendo a maior parte na rede privada, com pedagogia liderando entre os concluintes.
No corpo docente, entre 2014 e 2024, a rede pública aumentou 14,4% no número de professores, enquanto a privada registrou queda de 19,5%. A média de idade dos docentes é de 43 anos, predominando homens na rede pública e mulheres na privada. Doutores concentram-se na rede pública e mestres na privada. O regime de trabalho predominante é integral na pública e parcial na privada.

