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Entidade realiza mobilização para que MPAM investigue morte de venezuelana

Para a União Brasileira de Mulheres, a morte de Julieta Hernadez, ocorrida em Presidente Figueiredo, é caracterizada como feminícidio.

Foto: Reprodução

A partir desta segunda-feira (10/06), a União Brasileira de Mulheres (UBM) cumpre, no Amazonas, uma agenda extensa de atividades em busca de justiça pela artista venezuelana Julieta Hernandez, conhecida como Palhaça Jujuba. A entidade feminista quer que o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) passe a investigar o crime como feminicídio.

Julieta foi morta enquanto viajava de bicicleta pelo Brasil, a caminho da Venezuela, seu país de origem. Ela desapareceu no dia 23 de dezembro de 2023, no município de Presidente Figueiredo, localizado a 117 quilômetros de Manaus. Seu corpo e partes da sua bicicleta foram encontrados em janeiro deste ano, após 14 dias desaparecida.

As investigações apontaram que a artista foi estuprada, assassinada e teve o corpo queimado por um casal que confessou o crime. Eles foram denunciados pelos crimes de estupro, latrocínio e ocultação de cadáver.

Ao longo da semana, a UBM, juntamente à irmã de Julieta, Sophia Hernandez, vai reunir com órgãos e instituições de justiça, além da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e movimentos sociais, para discutir a mudança da tipificação dos crimes.

A série de compromissos no Amazonas dá continuidade a mobilização feita em Brasília na última semana, que teve reuniões com o Ministério das Mulheres, com a presença da ministra Cida Gonçalves; com a Defensoria Pública da União e a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, presidida pela  deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS); e com a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A articulação recebeu o apoio do Ministério das Mulheres, que também garantiu que vai acompanhar o andamento da investigação e julgamento.

De acordo com a presidente nacional da UBM, Vanja Santos, é preciso que o gênero seja levado em consideração para que o crime seja investigado e punido adequadamente.

“Nosso papel enquanto entidade é assegurar o direito da família saber o que aconteceu e que os responsáveis sejam punidos da forma adequada. Para isso, precisamos que a tipificação seja modificada. Houve, sim, feminicídio. As questões de gênero precisam ser levadas em consideração nesse caso. Vamos reunir com várias instituições de justiça e esperamos que essa reivindicação seja ouvida”, disse.

*Fonte: Acrítica

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