Mesmo faltando três meses para o fim do ano, pais e responsáveis já se preparam para os gastos escolares de 2026. Um levantamento feito pelo Grupo Rabbit, consultoria especializada em instituições privadas de ensino, aponta que as mensalidades devem subir, em média, 9,8% mais que o dobro da inflação projetada para 2025, de 4,83%, segundo a pesquisa Focus, do Banco Central. As informações são do jornal O Globo.
O estudo mostra que o aumento será superior aos anos anteriores. Em 2023, a média de reajuste ficou em 9,3%, enquanto em 2024 foi de 9,5%. Segundo Christian Coelho, CEO da consultoria, três fatores pesam no cálculo das escolas: inflação do período, investimentos realizados no ano anterior e reajuste salarial dos professores.
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Na prática, os valores variam de acordo com cada instituição. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Colégio Saint John, na Barra da Tijuca, projeta reajuste de 8,5% a 12,5%, dependendo da data de renovação da matrícula. Já o Inovar Veiga de Almeida, também na Barra, aplicará aumento de 7% a 11%, motivado por correção salarial e custos administrativos.
Algumas famílias têm se antecipado para minimizar o impacto. A empresária Cristiane Krassuski, de 40 anos, transferiu as filhas para um novo colégio ainda em 2025, garantindo os preços atuais e evitando despesas no início do ano letivo.
Outros colégios fluminenses também divulgaram seus reajustes: o Colégio Franco prevê alta de 9,97%; o CEL aplicará 9,8%; a Sá Pereira terá aumento de 9,2%; o Edem, entre 6,5% e 6,7%; e o Santos Anjos, 7,5%. No Mopi e no Santa Mônica, o aumento será de 8%, calculado com base nos custos projetados para 2026.
Christian Coelho reforça que a maior parte do aumento está relacionada à manutenção das unidades, investimentos em novos programas como atividades bilíngues e à valorização dos profissionais. Para os pais, a estratégia é planejar o orçamento com antecedência e buscar alternativas para reduzir os impactos do reajuste.