O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial voltado para o acompanhamento, em todas as etapas da Educação Básica, de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Esse modelo promove a criação de recursos pedagógicos adaptados que favorecem o aprendizado integral dos alunos, valorizando seus potenciais e incentivando sua autonomia.
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Nesse contexto, alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (E.E.E.F.M.) Prado Lopes, situada no município de Curralinho, no Arquipélago do Marajó (PA), desenvolveram o projeto “Soroban como ferramenta de aprendizagem em turmas do AEE”.
Idealizada como uma ferramenta de apoio ao processo de ensino-aprendizagem nas turmas de AEE, a iniciativa utiliza o soroban, instrumento japonês de cálculo, como base para tornar o ensino da Matemática mais criativo e acessível. A proposta possibilita que estudantes com deficiência visual realizem cálculos com as próprias mãos, dispensando o uso de papel, caneta, calculadora ou computador.
Um dos pontos mais interessantes do projeto está em sua forma de construção: os alunos confeccionam os sorobans com materiais recicláveis, como papelão, isopor, tampinhas plásticas, garrafas PET e espetos de churrasco, provando que o aprendizado pode ser, ao mesmo tempo, divertido e sustentável.
“Essa é uma prova de que podemos transformar resíduos, que às vezes temos em nossas próprias casas, em uma ferramenta de inclusão pedagógica para estudantes com deficiência”, afirma o orientador Mateus Santiago de Moraes.
Devido à criatividade da proposta, o trabalho foi selecionado para participar da Mostra Científica nas Escolas, evento promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas de Problemas de Engenharia Sustentável (GEPPES), da Universidade Federal do Pará (UFPA), que ocorrerá na quinta-feira, 30 de outubro.
O projeto mais curtido nas redes sociais (www.instagram.com/reel/DQEsm2RDoVR/) e que apresentar maior inovação será declarado vencedor. A premiação inclui bolsas de Iniciação Científica Júnior (ICJ) e de Apoio Técnico à Pesquisa (AT-NS).
“É uma conquista que reforça o potencial da educação inclusiva e sustentável, que cada vez mais está presente em nossas vidas. Quando iniciamos essa transformação em sala de aula, temos certeza que colheremos os frutos em toda a sociedade”, finaliza o educador.
O projeto “Soroban como ferramenta de aprendizagem em turmas do AEE” tem autoria da aluna Débora Cristiane Machado Cardoso e conta com a colaboração dos estudantes Jeferson Cedeira Neves, Henrique Gabriel de Ferreira, Sirlene Souza Andrade e Adrielle Samilly, sob orientação do professor Mateus Santiago de Moraes.

 

