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Saúde

Estudo aponta impacto negativo do uso intenso de redes sociais em crianças

(Foto: Reprodução/internet)

Um novo estudo da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) indica que o uso intenso de redes sociais pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo de crianças e pré-adolescentes, especialmente em leitura, memória e vocabulário.

A pesquisa analisou dados de mais de 6 mil crianças, entre 9 e 11 anos, participantes do Estudo de Desenvolvimento Cognitivo do Cérebro do Adolescente (ABCD). O levantamento mostrou que quanto mais tempo os alunos passavam em aplicativos como TikTok e Instagram, pior era o desempenho em testes de leitura e memória. Crianças que usavam redes por cerca de três horas ou mais por dia apresentaram uma queda de até cinco pontos nas avaliações, enquanto quem usava cerca de uma hora por dia teve diminuição menor, de um ou dois pontos.

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O neurologista Sanjeev Kothare, do Cohen Children’s Medical Center, explicou que o impacto não está ligado apenas ao tempo de tela, mas à natureza das redes sociais. “Assistir à TV é uma atividade passiva. Já nas redes, o cérebro é constantemente estimulado, consumindo mais energia cognitiva”, afirmou, destacando que o excesso de estímulos compromete concentração e aprendizado.

O especialista recomendou que os adolescentes dediquem mais tempo a atividades construtivas, dentro e fora da escola, e que os pais estabeleçam limites para o uso das plataformas. Entre as estratégias sugeridas, Kothare cita o reforço positivo: permitir um filme, preparar a refeição preferida ou oferecer mais tempo de lazer quando a criança reduz o uso das redes.

Medidas em escolas

Nos Estados Unidos, escolas têm adotado políticas para limitar o uso de celulares em sala de aula. Em Nova York, uma proibição total de smartphones durante o horário escolar — chamada de “bell-to-bell” — tem mostrado resultados positivos para alunos e professores.

No Brasil, a Lei nº 15.100/2025 regulamenta o uso de celulares nas escolas, incentivando um uso consciente e pedagógico. A medida integra a Estratégia Nacional das Escolas Conectadas (ENEC), do Ministério da Educação, que busca equilibrar tecnologia, aprendizado e saúde mental, promovendo cidadania digital e formação crítica dos estudantes.

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