O coronel da reserva e ex-comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), Franz Marinho de Alcântara, foi preso em flagrante nessa segunda-feira (8), por porte ilegal de arma de fogo e desacato no quilômetro 30 da AM-010, que liga Manaus aos municípios de Rio Preto da Eva e Itacoatiara.
Tudo começou quando o Cel. Alcântara não obedeceu à voz de parada na barreira da cidade, sendo então acompanhado por um cabo do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran). Logo, o coronel parou em um posto de combustíveis, sendo abordado pelo policial que solicitou o documento do carro e indagado sobre a placa do guincho que estava sendo utilizado pelo bombeiro aposentado.
O coronel Alcântara teria respondido que o documento e a placa estariam com “Diretor do Detran. Está tudo em dia e com ele”. O cabo então alertou que caso o Coronel não apresentasse o solicitado, o veículo teria que ser apreendido e levado ao parqueamento do Detran. Neste momento, que o ex-comandante geral do CBMAM desacatou o policial militar.
“Cabo, o senhor não vai prender o meu veículo. Vocês são acostumados a pegar propina que eu sei”, relatou em depoimento o policial militar sobre a fala do Cel. Alcântara. Em seguida o cabo deu voz de prisão, tendo que um segundo policial do BPTran auxiliar na imobilização, já que o Cel. Alcântara estava resistindo à prisão.
Somente neste momento, que o ex-comandante do CBMAM se identificou e teria ameaçado os policiais dizendo que “vocês acabaram com a carreira de vocês”. Durante revista no veículo foi encontrado na porta luva um revólver calibre 32. e cinco munições do mesmo calibre intactas, sem documentação. O Cel. Alcântara disse que a arma de fogo pertence ao seu pai.
Tanto o depoimento dos dois policiais militares e de uma testemunha, na Diretoria de Justiça e Disciplina do CBMAM relatam a mesma versão, o que culminou na efetivação da prisão em flagrante do Cel. Franz Marinho de Alcântara, na sede do Corpo de Bombeiros, que fica no bairro Petrópolis, zona Sul da capital.
Mesmo o caso sendo registrado na própria sede do CBMAM, por meio de nota, o Corpo de Bombeiros, disse que “o envolvido no caso não faz parte do quadro de servidores ativos da corporação, pois já está na reserva há alguns anos”, finaliza a nota.