A Polícia Civil do Ceará concluiu o inquérito sobre o caso do cachorro Scooby, resgatado em março em condições extremamente precárias, e indiciou o casal responsável por maus-tratos ao animal. O processo foi conduzido pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e teve o desfecho divulgado nesta quarta-feira (7/5)
De acordo com a investigação, o companheiro da ex-tutora de Scooby também era responsável pelo cão e compartilhou a negligência que levou à situação de abandono. A mulher, de 47 anos, já havia sido presa em flagrante no dia do resgate, ocorrido em 27 de março. Agora, ambos estão formalmente indiciados e à disposição do Poder Judiciário.
Segundo o Código Penal, o crime de maus-tratos a animais prevê pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa e proibição de manter a guarda de qualquer animal.
Scooby, um poodle de 14 anos, foi encontrado em um corredor na Praia de Iracema, em Fortaleza, sem comida, sem água, e com o corpo coberto por cerca de três quilos de pelos sujos e endurecidos, que comprometiam sua locomoção. O animal apresentava anemia severa, miíase e nódulos na pele, além de outros problemas de saúde.
Após o resgate, Scooby foi encaminhado à ONG Anjos da Proteção Animal (APA), onde recebeu cuidados médicos e atenção especializada. A tosa, feita com tesouras e sob anestesia, precisou ser dividida em etapas devido à gravidade do estado do cão.
Atualmente, o animal está sob os cuidados da ativista Stefani Rodrigues, sua nova tutora. Apesar da fragilidade e da idade avançada, ele segue em recuperação, recebendo medicação e cuidados diários.