Um homem identificado como Mario Pascoal de Brito Romano foi preso na manhã desta quinta-feira (28), apontado como autor de diversos golpes se passando por funcionário do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). A prisão aconteceu em um condomínio de luxo localizado na avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Mario Romano enganava as vítimas para que acreditassem que ele tinha influência no Poder Judiciário para facilitar a compra de veículos com restrição destinados a leilões judiciais. Em certos momentos, Mario falava que tinha parentesco com juízes e desembargadores de Justiça.
“Ele relatava que tinha grau de parentesco com juízes e desembargadores, fazendo com que as vítimas acreditassem que ele tinha influência no sentido de liberar veículos com restrição judicial que estariam a postos e prestes a serem leiloados em execuções processuais, sobre a troca de quantias. Ele normalmente apresentava um lote de diversos veículos e fazia com que as vítimas acreditassem que, pagando um valor muito baixo em relação à quantidade de veículos, iriam recebê-los sem ter que concorrer nos leilões que seriam efetivados pela Justiça”, descreveu o titular do 1º DIP.
Cícero enfatizou que o autor possui mais de 10 Boletins de Ocorrência (BOs), indicando a prática de delitos desta natureza, e estima-se que ele tenha lucrado nos últimos seis meses mais de R$ 1,5 milhão em decorrência dos golpes praticados.
Escolha das vítimas
Ainda conforme o delegado, Mário escolhia, principalmente, médicos para aplicar os golpes, e utilizava o próprio filho para ganhar a confiança das vítimas, momento em que ele levava a criança às consultas e, posteriormente, se dizia agradecido e queria retribuir o atendimento dos profissionais oferecendo os serviços ilícitos.
Apesar das vítimas serem em maioria profissionais da saúde, o delegado ressaltou que também há registros de advogados que acabaram caindo nos golpes.
Procedimentos
Mario Romano responderá pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos particulares e falsa identidade, e ficará à disposição da Justiça. O delegado não descarta a possibilidade de existir outros envolvidos que atuam juntamente com Mario.
“Ele vivia uma vida bem tranquila apesar de morar em um condomínio de luxo na Ponta Negra. A gente não descarta a participação de outras pessoas. Inclusive, uma das vítimas relata que o investigado teria comparecido ao local de trabalho dessa vítima com outra pessoa se dizendo pastor a fim de tentar ludibriar a vítima para fazer com que ela acreditasse que ele seria uma pessoa de boa índole”, finalizou o delegado.
*Fonte: AC