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Financiamento climático é um investimento contra o caos, diz secretário-geral da ONU

Maior evento do mundo sobre mudanças climáticas encerra nesta sexta-feira em meio a impasses de países para fechar acordos.

O financiamento para mitigação e adaptação às mudanças climáticas não é uma esmola, mas um investimento contra a devastação e o caos climático. Esse foi  o recado do secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quinta-feira (21), penúltimo dia da 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

“Tenho ouvido algumas delegações e percebido que elas ainda estão com suas posições iniciais. Agora é o momento de mudar, de encontrar lugares de possível compromisso”, apelou o chefe da ONU.

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A fala de Guterres ocorre em um momento decisivo para a COP. Na madrugada desta quinta-feira, foram liberados os primeiros rascunhos do acordo final do evento. O principal tópico desta edição, o financiamento, ainda aparece em aberto.

Há duas possibilidades colocadas. Uma delas fala em adotar  a Nova Meta Quantificada Coletiva (NCQG), que nada mais é do que o financiamento pelos países ricos aos mais pobres, na ordem de “x” trilhões, sem valor definido. Essa é considerada por especialistas como a mais adequada para seguir com as negociações.

A segunda não traz a ênfase a um número e fala mais em “mobilização” e não “provisão de recursos”, o que significa que os países mais ricos poderiam ajudar os mais pobres a obter financiamento via empréstimos, por exemplo, não necessariamente com doações ou concessões. O risco aqui é endividar ainda mais países já afetados pelos extremos do clima.

O secretário-geral da ONU  afirmou sentir “um apetite por acordo”, mas que muitas diferenças substanciais ainda permanecem e o sucesso da COP 29 não está garantido.
“Precisamos de um grande empurro para as discussões nessa reta final. Para trazer um pacote ambicioso e que considere todas as questões pendentes, com um novo objetivo de financiamento”, defendeu.

Ele alertou ainda que uma falha nas negociações deste ano poderia desequilibrar a preparação das novas metas climáticas dos países, previstas para serem entregues até fevereiro de 2025, e prejudicar a luta contra a mudança do clima. “Isso inevitavelmente faria o sucesso da COP 30, no Brasil, ser mais difícil”, ressaltou.

A COP 29 encerra oficialmente nesta sexta-feira (22), mas a expectativa é que parte da negociação continue pelo menos até o fim de semana. Os países ainda tentam definir quem exatamente vai pagar o financiamento, como vai pagar e para quem.

O financiamento climático toma como base decisões de COPs anteriores e o Acordo de Paris, que definiu que países historicamente mais poluidores, como Estados Unidos e Reino Unido, precisam contribuir com a adaptação das nações mais pobres às mudanças climáticas.

O valor previsto era de US$ 100 bilhões anuais, mas há diferentes pontos de vista sobre se essa meta foi cumprida ou não. Hoje a defesa dos países em desenvolvimento e dos membros do G20 (maiores economias do mundo) é de que o montante precisa ser na casa dos trilhões.

Isso não necessariamente significa repasse direto aos países. O recurso pode ser provido, por exemplo, por meio de empréstimos a juros concessionais (muito baixos) de bancos de países ricos às nações pobres. É o que ainda falta definir com clareza.

*Fonte: Acrítica

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