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Gravidez, aborto e ameaças: ‘Você é minha’, dizia padre para adolescente no AM

O padre foi preso suspeito de manter relações sexuais com menores de idade que frequentavam igreja.

Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) repassou mais detalhes sobre a investigação que levou a prisão do padre Paulo Araújo da Silva, 31, que utilizava de sua posição em uma paróquia do município de Coari (a 363 quilômetros a oeste de Manaus) para abusar sexualmente de menores de idade que frequentavam a igreja.

De acordo com o delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, no momento da prisão, o padre estava com uma mulher de 18 anos na cama. A investigação chegou até o homem após denúncia de uma adolescente de 17 anos que ficou grávida após abusos.

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Os crimes ocorreram em setembro de 2023. As denúncias informaram que o autor estava tendo relações sexuais com a vítima, filmava e armazenava em seu computador. O religioso também é suspeito de obrigar a vítima a cometer um aborto.

“A menor foi levada à delegacia e contou que desde os 14 anos tinha relação sexual com o padre. Ela engravidou no ano passado e o padre obrigou ela a abortar. Segundo ela, Francisco Rayner Barros Batista, um amigo do padre, foi quem levou o medicamento chamado ‘misoprostol’ para que a adolescente realizasse o aborto”, explicou o delegado.

Ainda segundo a polícia, após o aborto, o padre enterrou o feto no fundo do quintal da sua casa. “Essa adolescente sofria violência psicológica, ele obrigava as vítimas a ficarem com ele fazendo ameaças do tipo ‘você é minha, você me pertence, se não ficar comigo, não ficará com mais ninguém”, contou o titular do DIP de Coari.

No momento da prisão, também foram apreendidos R$ 30 mil, mais de 270 vídeos de sexo com adolescentes e com outras pessoas. O material e o padre foram encaminhados até a delegacia e as investigações continuam para saber se existem outros envolvidos e vítimas.

O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, falou sobre separar a situação da prisão do padre com a imagem da Igreja Católica que, segundo o delegado, ajudou durante as investigações. A polícia agora procura Francisco Rayner Barros Batista.

Ao menos quatro vítimas já foram identificadas e estão recebendo atendimento psicossocial. O homem vai passar por audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.

*Fonte: D24am

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