A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM) realizou a eleição da diretoria e do conselho para o biênio 2025-2027. O engenheiro civil e empresário Henrique Medina foi reconduzido ao cargo de presidente da entidade. O empresário Hélio Alexandre também permanece na função de vice-presidente.
A eleição por aclamação reforça a confiança dos associados na continuidade do trabalho iniciado em 2023. A composição do Conselho Deliberativo também foi renovada: permanecem Jorge Roldão e Ricardo Benzecry, com a entrada de Porfírio Saldanha, Germano Andrade e Pauderley Avelino. Como suplentes do conselho estão: Rodrigo Oliveira, Luis Felipe Medina, Maury Guerreiro e Paulo Henrique Angelo.
Ao comentar a recondução, Henrique Medina destacou o compromisso com o fortalecimento institucional da entidade e a responsabilidade que assume para o novo ciclo.
“Recebo essa recondução com muita responsabilidade. Nosso objetivo é seguir contribuindo para o fortalecimento do mercado imobiliário do Amazonas”, afirmou.Ele reforçou a importância da Ademi-AM como ponte entre setor produtivo e poder público.
“A Ademi-AM tem um papel fundamental de articulação com o poder público e com a sociedade para destravar gargalos e criar um ambiente mais favorável para quem investe e para quem sonha com a casa própria.”
Crescimento em 2024 impulsionado por programas habitacionais
Em 2024 foram comercializadas 11.935 unidades, um crescimento de 62,3% em relação a 2023, quando 7.354 imóveis foram vendidos.
O Volume Geral de Vendas (VGV) também registrou alta, totalizando R$ 2,55 bilhões em 2024, superando os R$ 1,9 bilhão do ano anterior. O desempenho positivo foi atribuído, principalmente, ao avanço dos programas habitacionais e ao fortalecimento do mercado de lotes populares.
Desafios para 2025, segundo a Ademi-AM
Apesar dos bons resultados de 2024, Henrique Medina alerta para três fatores que podem impactar o setor em 2025:
1. Inflação e poder de compra
“A alta da inflação está reduzindo a renda das famílias, principalmente as que ganham até 8 salários mínimos e fazem parte do público-alvo do Minha Casa, Minha Vida”, destaca Medina.
2. Taxa Selic e custo dos financiamentos
“A Selic elevada encarece o crédito, dificultando o acesso da população aos financiamentos imobiliários”, afirma.
3. Inflação nos insumos da construção
“O aumento nos custos dos materiais pressiona os preços finais dos imóveis e pode reduzir o ritmo de lançamentos no próximo ano.”
Segundo Medina, a Ademi-AM seguirá com uma agenda propositiva para enfrentar esses obstáculos “Seguiremos trabalhando com diálogo, com propostas concretas e com foco no crescimento sustentável do setor”. E completa “Temos grandes desafios pela frente, mas também muitas oportunidades. E a Ademi-AM está pronta para continuar liderando esse processo.”
Trajetória
Henrique Medina é engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com pós-graduação em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atua há mais de 20 anos no setor da construção civil e é fundador da incorporadora Olá Casa Nova. Antes da presidência, foi diretor da Comissão da Indústria Imobiliária da Ademi-AM entre 2018 e 2023.
*Fonte: Acrítica