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Homem é preso pelo estupro da sobrinha, de 3 anos; pai da menina tentou proteger o suspeito

O pai da vítima, que é irmão do suspeito, espancou a esposa para que ela não fizesse a denúncia. Ele também pediu que a menina mentisse sobe a autoria do crime.

Foto: Nilton Ricardo

Um homem de 30 anos foi preso nessa quarta-feira (4) suspeito de estuprar sua sobrinha de apenas três anos, no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus. O caso teria ocorrido no último sábado (1) e o tio nega as acusações. Segundo informações da mãe da vítima, o acusado, que é seu cunhado, já possui histórico de denúncias semelhantes, o que foi constatado pela polícia na Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA).

“Eu fui confrontá-lo e dizer que ia procurar a polícia. Aí eu fui agredida pelo meu marido (irmão do suspeito), que o defendeu das acusações. A família deles está tentando manipular a minha filha para negar os abusos, mas eu acredito nela, porque ela fala várias vezes que ele passou a mãe na ‘borboletinha’ dela”, afirmou.

O caso foi denunciado após a criança relatar que estava machucada na parte íntima para a mãe, apontando o homem de 30 anos como responsável pelo abuso. Conforme a mãe, a denúncia não foi feita imediatamente por medo de represálias e pela dificuldade de acesso à delegacia.

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Apesar da tentativa de intimidação, a criança manteve a versão apresentada à mãe. A Polícia Civil do Amazonas confirmou que o acusado já esteve envolvido em outros casos de aliciamento de menores, incluindo sobrinhos. As investigações estão em andamento e o suspeito permanece detido na Depca enquanto os depoimentos e provas são analisados.

Por outro lado, o homem nega todas as acusações e defende sua inocência. Em declaração, ao chegar na delegacia, ele afirmou que não teve qualquer envolvimento com os abusos atribuídos a ele e que pretende processar a cunhada por difamação.

“Ela está mentindo, eu nunca faria isso, tenho uma filha. Ela tá fazendo isso porque quer me prejudicar, ela é usuária de drogas, tem até dívida. Eu sou inocente e vou provar isso”, disse.

O suspeito disse ainda que conta com o apoio de um advogado para esclarecer os fatos e limpar seu nome. O caso reacendeu debates sobre a vulnerabilidade de crianças em situações familiares delicadas e a dificuldade de mulheres em denunciar casos de violência por medo de represálias.

De janeiro a outubro deste ano, a DEPCA já registrou 3.700 Boletins de Ocorrências por crimes contra crianças e adolescentes. Por isso a importância de redes de apoio e canais seguros de denúncia, como o Disque 100, que atende casos de abuso e violência contra crianças.

*Fonte: Acrítica

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