O Centro de Pesquisa Clínica e Inovação Tecnológica do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV-Ufam), administrado pela Ebserh, está recrutando voluntários para participar do estudo “Dieta Cardioprotetora Brasileira com ou sem Suplementos em Pacientes com Hipercolesterolemia Familiar”.
O projeto é coordenado nacionalmente pelo Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, com apoio do Ministério da Saúde, e localmente conduzido pela cardiologista Luciane Rocha, da Gerência de Ensino e Pesquisa do HUGV-Ufam. O objetivo é avaliar os efeitos de uma dieta desenvolvida especialmente para proteger o coração.
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“Buscamos contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com colesterol alto de origem genética”, explica a especialista.
Participantes terão acesso gratuito ao teste genético, exame de alto custo que analisa o DNA para identificar mutações ligadas a doenças hereditárias ou predisposição genética, além de acompanhamento de aconselhamento genético e nutricional durante o estudo.
Podem participar pessoas a partir de 16 anos que tenham histórico familiar de colesterol alto, doença cardíaca precoce ou diagnóstico provável ou confirmado de Hipercolesterolemia Familiar (HF) — colesterol LDL maior que 190 mg/dl. O estudo será realizado no CPCIT-HUGV/Ufam, com participação gratuita, e os interessados podem se inscrever via WhatsApp: (92) 98487-5334.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a HF é uma das causas genéticas mais comuns de doença coronariana precoce. A condição provoca níveis elevados de colesterol LDL desde o nascimento, aumentando o risco de infarto precoce. Estima-se que a HF atinja uma em cada 300 pessoas, podendo ser até 18 vezes mais comum entre indivíduos com doença cardiovascular aterosclerótica.
“A hipercolesterolemia familiar é assintomática, mas sinais indiretos podem surgir, como depósitos de gordura na pele, olhos, joelhos e cotovelos. Em casos graves, podem ocorrer dor no peito, falta de ar, infarto precoce ou AVC. Por isso, é essencial fazer exames de sangue para detectar o problema”, destaca Luciane Rocha.

