Um ato assinado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), suspendeu as reuniões das comissões permanentes até o dia 1º de agosto de 2025. A decisão, publicada nesta terça-feira (22), provocou reação imediata de parlamentares bolsonaristas, que acusam a medida de ser uma tentativa de silenciar pautas de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A suspensão foi tomada após duas comissões presididas por deputados do PL agendarem sessões durante o recesso informal do Legislativo, com temas favoráveis ao ex-mandatário. Entre elas está a Comissão de Segurança Pública, que convocou uma coletiva de imprensa para criticar a decisão da Mesa Diretora.
Nos bastidores, a medida é interpretada como uma tentativa de barrar movimentações políticas fora do calendário oficial da Câmara, especialmente diante do avanço de discursos polarizados em torno de Bolsonaro. O episódio reacende discussões sobre os limites do recesso informal e o grau de autonomia das comissões parlamentares.
Hugo Motta ainda não comentou publicamente as críticas, mas aliados defendem que a decisão visa manter a uniformidade nos trabalhos legislativos e o respeito ao período de recesso.