Na manhã desta quarta-feira (05) a influenciadora digital Isabelly Aurora, de 21 anos, que inspirava diversos jovens com seu discurso de “a favela venceu!”, foi presa na segunda fase da Operação Dracma. Ela, assim como o Lucas Picolé e outros influenciadores, é acusada de estelionato.
Segundo as autoridades, Isabelly, Lucas, e Mano Queixo faziam rifas virtuais de carros e motos por um pequeno valor, o que deixava seus milhares de seguidores com a expectativa de adquirir algum dos veículos pelo valor de R$1, por exemplo. No entanto, os prêmios já teriam um ganhador previamente escolhido e quem participava era enganado pelo trio.
“Alguns dos veículos que eram sorteados, antes mesmo dos sorteios já tinham sido transferidos para a propriedade dos supostos ganhadores. Isso comprova a fraude e ele (Lucas Picolé) conseguia angariar os seus seguidores sempre com aquela atuação de cunho humorístico, tanto ele como a Isabelly Aurora (… ) Eles acabavam assim tendo muitos seguidores que acabavam caindo nos golpes, repassando valores que ainda que irrisórios, no valor total da venda das rifas representava uma grande quantia em valores”, disse o delegado Cícero Túlio na primeira fase da operação, que prendeu Picolé e Mano Queixo.
A prisão preventiva da jovem foi cumprida na manhã de hoje e pode ser revertida para prisão temporária. Assim que o escândalo veio à tona, Isabelly desativou o Instagram.
De volta à delegacia
Se engana quem acha que apenas agora Isabelly se tornou alvo de polêmicas envolvendo a polícia. Em 2019, quando tinha apenas 17 anos, a blogueira foi detida e precisou prestar diversos esclarecimentos na delegacia por estar sendo acusada de integrar uma quadrilha que vendia celulares roubados.
Na ocasião, a jovem ficou conhecida como vulgo ‘princesa Aurora do crime’. “Uma pessoa foi presa portando um Iphone 7 Plus roubado. Em depoimento, ela confessou que comprou o celular da menor ‘blogueira’ e do namorado dela através de um site que eles utilizam para venda de telefones celulares. É a segunda vez que o namorado dela é indiciado pelo crime receptação qualificada. Ele tem conhecimento de que os aparelhos são furtados ou roubados, mas, mesmo assim, efetua a venda. A menor foi que entrou contato oferecendo o telefone. Em tese, mesmo após a prisão [e apreensão] o grupo que faz essa venda continua praticando o crime”, afirmou o delegado.
Por na época ser menor de idade, o procedimento foi encaminhado a Deaai [Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais].