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26/02/2025
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Justiça dá 15 dias para Cláudia Leitte se manifestar em inquérito de suposto racismo religioso

O caso envolve a alteração da letra da música “Caranguejo”, em que a artista substitui a referência à orixá Yemanjá por “Yeshua”, em alusão a Jesus Cristo, em apresentações.

Foto: Divulgação

O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) determinou que a cantora Cláudia Leitte se manifeste, em 15 dias, no inquérito aberto para apurar eventuais danos morais à honra e dignidade das religiões de matriz africana.

O caso que envolve a alteração da letra da música “Caranguejo”, em que a artista substitui a referência à orixá Yemanjá por “Yeshua”, em alusão a Jesus Cristo, em apresentações. Além do procedimento, o MPBA marcou uma audiência pública sobre o assunto para janeiro e determinou que a cantora se manifeste sobre os fatos no prazo de 15 dias.

A portaria expedida também prevê a oitiva dos compositores da música “Caranguejo”. A audiência pública está marcada para o dia 27 de janeiro, às 14h, no auditório da sede do Ministério Público da Bahia, em Salvador. Um edital convocando a participação na audiência será publicado na próxima semana, segundo o ministério.

Contexto do caso

Em vídeos de shows de dezembro, a cantora aparece substituindo o trecho original “Saudando a rainha Iemanjá” por “Eu canto meu Rei Yeshua”, um gesto que gerou polêmica nas redes sociais e foi amplamente criticado por líderes religiosos e especialistas em cultura afro-brasileira.

A alteração na letra da canção ocorre em um contexto específico, uma vez que Claudia Leitte se converteu em 2014 e desde então se considera evangélica.

De acordo com o MP, a investigação foi motivada após uma representação feita pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Idafro. O inquérito civil foi aberto pela Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa do Ministério Público do Estado da Bahia.

A polêmica surge em um momento em que a cidade de Salvador comemora os 40 anos do movimento Axé Music, um dos maiores expoentes da música popular brasileira. À época, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, criticou a atitude da cantora e se posicionou contra a remoção dos nomes de orixás de músicas que originalmente os mencionam.

A reportagem entrou em contato com a equipe de defesa da cantora para comentar sobre a abertura do inquérito, mas ainda aguarda uma resposta.

Leia a nota do MPBA na íntegra

“O Ministério Público do Estado da Bahia informa que instaurou nesta quarta-feira, dia 8, um inquérito civil para apurar eventual responsabilidade da cantora Cláudia Leitte por danos morais causados à honra e dignidade das religiões de matriz africana. A apuração diz respeito à alteração da letra da canção “Caranguejo”, em que o termo “Yemanjá” teria sido substituído por “Yeshu’a”.

A portaria expedida pelo MPBA estabelece um prazo de 15 dias para que a cantora apresente sua manifestação sobre os fatos relatados. O documento também determina a realização de uma oitiva com os compositores da música “Caranguejo” e a realização de uma audiência pública para o dia 27 de janeiro de 2025, às 14h, no auditório da sede do Ministério Público da Bahia, localizado no bairro de Nazaré, em Salvador.

Na próxima semana será divulgado o edital de convocação da audiência pública. O MPBA ressalta que o inquérito civil foi instaurado após representação formulada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Idafro”.

*Fonte: CNN

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