O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente a decisão da Câmara dos Deputados de retirar de pauta a Medida Provisória (MP) que apresentava alternativas à alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Em publicação na rede X, na noite desta quarta-feira (8), Lula afirmou que a medida não derrubada pelo governo, mas sim pelo povo brasileiro:
“A decisão da Câmara de derrubar a medida provisória que corrigia injustiças no sistema tributário não é uma derrota imposta ao governo, mas ao povo brasileiro”, disse.
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A decisão da Câmara de derrubar a medida provisória que corrigia injustiças no sistema tributário não é uma derrota imposta ao governo, mas ao povo brasileiro.
Essa medida reduzia distorções ao cobrar a parte justa de quem ganha e lucra mais. Dos mais ricos.
Impedir essa…
— Lula (@LulaOficial) October 8, 2025
A MP, considerada essencial pela equipe econômica, perderá validade nesta quarta-feira e renderia cerca de R$ 17 bilhões aos cofres federais em 2026, ano eleitoral. Segundo o presidente, a retirada da proposta limita políticas públicas e programas sociais, beneficiando apenas uma pequena parcela rica da população.
O relatório apresentado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP) flexibilizou pontos do texto original, como a tributação de investimentos em letras de crédito do setor imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), mantendo-os isentos diante da pressão do setor. Já a alta na CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para fintechs, startups e bancos tradicionais foi mantida.
Os partidos PP e União Brasil, que formam federação, fecharam voto contrário à MP, alegando compromisso de não aumentar a carga tributária, segundo nota do Progressistas.
Após a derrota, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou a decisão e prometeu acompanhar possíveis subsídios ao agronegócio. A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se manifestou, afirmando que “quem votou na Câmara para derrubar a MP que taxava os super ricos votou contra o país e o povo”.

