O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente americano, Donald Trump, se encontraram para discutir as tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, mas ainda não fecharam acordo. A primeira reunião das equipes de negociadores dos dois países ocorreu nesta segunda-feira (27), na Malásia, sem definição final.
A bordo do avião presidencial americano a caminho do Japão, Trump afirmou que a reunião foi “muito boa” e destacou que o Brasil demonstrou interesse em fechar um acordo. “Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver, agora eles estão pagando, acho que 50% de tarifa”, disse o republicano, aproveitando para parabenizar Lula pelos 80 anos.
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Apesar de a primeira reunião entre as equipes ter terminado sem acordo, o presidente brasileiro se mostrou otimista. Lula afirmou que os negociadores se concentrarão nos aspectos técnicos e econômicos, enquanto temas políticos serão discutidos apenas entre os dois presidentes. Ele também reforçou que considera inadmissível o uso da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras por causa do julgamento de Jair Bolsonaro e se ofereceu para mediar o conflito entre os EUA e o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.
O chanceler Mauro Vieira e outros auxiliares se reuniram com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o representante de comércio da Casa Branca, Jamieson Greer. Vieira afirmou que foi estabelecido um cronograma de conversas, e que um acordo comercial deve ser alcançado “em poucas semanas”. Lula também solicitou a suspensão imediata das tarifas enquanto durarem as negociações, mas ainda não houve definição sobre a medida.

 

