Portal Castello Connection
BrasilEconomia

Manaus possui a 3ª mais cara cesta básica do país

Levantamento feito pela FGV nas oito maiores capitais brasileiras mostra que, na cidade, a cesta básica custava R$R$ 809,60 em setembro.

Foto: Agência Brasil

Pesquisa realizada pela Horus Inteligência de Mercado e o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) mostra que o preço médio da cesta básica em Manaus cresceu 16% entre os meses de abril e setembro, chegando a R$ 809,60. Em relação ao mês de agosto, houve um crescimento de 2%. A variação fez com que a cesta básica local seja a terceira mais cara do Brasil, atrás apenas da cidade de São Paulo (R$ 934,08) e da do Rio de Janeiro (R$ 1.046,44).

O estudo aponta que  a variação acumulada dos últimos seis meses no valor da cesta básica caiu em quatro das oito capitais estudadas, sendo em Brasília a mais significativa, com 6,7% de redução. Em outras quatro capitais, foram observados aumentos da variação no mesmo período de tempo, incluindo Manaus.

Acompanhe nosso 📌 Canal no WhatsApp

Em abril deste ano, o preço da cesta de alimentos era de R$ 697,93 em Manaus. O valor médio chegou a cair para R$ 679,59 em maio, mas iniciou uma sequência de aumentos a partir do mês de junho, quando chegou em R$ 715,88. O preço manteve sua crescente em julho (R$ 778,02), agosto (R$ 793,91) e setembro (R$ 809,60).

O levantamento indica que o aumento em Manaus foi o segundo maior registado em setembro, perdendo apenas para Curitiba, capital do Paraná, onde o crescimento no valor médio da cesta básica foi de 3,5%.

 O café

Dos 18 gêneros alimentícios pesquisados, o café em pó e em grãos registrou aumento nas oito maiores capitais brasileiras. Em Manaus, o aumento do produto foi de 3,4%. O maior crescimento entre os itens do consumo básico foi o do feijão, que aumentou 3,8% em setembro. O frango teve o terceiro maior aumento com o valor 1,9% maior do que em agosto, seguido pela farinha de mandioca (1,9%), açúcar (1,5%), manteiga (1,1%) e pelas massas alimentícias secas (0,8%).

O óleo não sofreu variação e manteve os mesmos preços de agosto. Os únicos itens a registrar queda no município foram o leite ultrapasteurizado (UHT), que ficou 0,7% mais barato, e o fubá e farinhas de milho, que caiu 6,5%.

No acumulado de abril a setembro, o café em pó e em grãos aumentou 13,4% em Manaus, seguido pelo frango (11,8%), manteiga (6,5%), óleo (3,4%) e o leite UHT (2%). Os itens foram os que mais subiram de preço nesse período em todas as oito capitais pesquisadas.

A analista Anna Carolina Veiga Fercher, head de Costumer Success e Insights da Neogrid, destacou que o preço do café segue em alta “e novamente registra elevação em sete das oito capitais”.

“A oferta nacional do produto continua baixa em função das variações climáticas que impactaram o cultivo dos grãos e a valorização no mercado internacional. O aumento no preço do leite UHT está relacionado à necessidade de suplementação do gado leiteiro, já que as pastagens estão sendo diretamente afetadas pelas secas. A produção de açúcar também está sofrendo as consequências da seca que prejudica o cultivo da cana-de-açúcar”, disse.

 Cesta ampliada tem menor valor

Quando se considera a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além dos alimentos, houve aumento no valor médio em seis das oito capitais analisadas, variando entre 1,9% e 3,0%. As cidades que apresentaram valores mais altos da cesta ampliada continuam a ser o Rio de Janeiro (R$ 2.428,89) e São Paulo (R$ 2.207,17). Salvador e Manaus continuam com os menores valores da cesta ampliada, com R$ 1.693,51 e R$ 1.763,80 respectivamente.

A cesta ampliada, segundo os dados, aumentou 2,1% na capital amazonense entre agosto e setembro. Dos 33 produtos, o creme de leite, detergentes, requeijão, biscoitos, molho de tomate, cerveja e refrigerante registraram elevação no preço em todas as capitais. Em Manaus, o maior aumento foi visto no creme dental: 5,5%.

Segundo a pesquisa, o aumento no valor da cesta básica em setembro vem principalmente do repasse dos custos de produção, seja por insumos nacionais ou importados. O aumento do dólar estimula a exportação e torna a importação mais cara. Esses incrementos recorrentes em categorias importantes afetam especialmente os consumidores de mais baixa renda, que gastam a maior parte de seu orçamento doméstico com alimentação.

*Fonte: Acrítica

Relacionados

Patixa Teló encontra Cauã Reymond nos estúdios da Globo

Thayná Sousa

MPF pede fiscalização sobre pistas clandestinas no Amazonas

Thayná Sousa

Fiocruz alerta para contaminação da Amazônia por plásticos

Thayná Sousa

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Leia mais