Preso há 12 dias, o maquiador Marlisson Vasconcelos Dantas deve deixar a prisão nesta quinta-feira (13), após uma decisão do juiz Rivaldo Matos Norões Filho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). A decisão foi anunciada nesta última quarta-feira (12) e confirmada pela defesa do maquiador, que é suspeito de integrar uma ‘seita’ comandada por familiares de Djidja Cardoso.
De acordo com o advogado Lenilson Ferreira, responsável pela defesa do maquiador, a liberdade de Marlisson foi concedida após a defesa apresentar argumentos que demonstraram que ele não preenchia os requisitos para a prisão.
“A decisão foi tomada pela Justiça após análise dos fatos apresentados pela defesa, que comprovou que ele poderá aguardar o desenrolar das investigações em liberdade, tendo a oportunidade de se defender de forma adequada”, disse o advogado.
A defesa alega que a liberdade de Marlisson não coloca em risco as investigações, já que não há fatos novos que justifiquem a tomada de medidas mais extremas contra ele. Marlisson, porém, deverá cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, ficando proibido de deixar Manaus sem autorização judicial, entre outras medidas.
“Ademais, a liberdade de Marlisson não coloca em risco a investigação, uma vez que não existe qualquer contemporaneidade nos fatos alegados ou ainda fatos novos que pudessem justificar a autorização da decretação da medida mais extrema. No entanto, serão aplicadas as medidas cautelares diversas da prisão”, destacou a defesa.
Marlisson estava preso desde o dia 31 de maio, quando se apresentou no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP) para que o mandado de prisão preventiva fosse cumprido. Ele, que trabalhava como maquiador no salão de beleza administrado pela família Cardoso, é acusado de ser um dos responsáveis por fornecer cetamina para os rituais da suposta seita, além de administrar a droga em usuários.
No dia da prisão, a defesa disse que Marlisson alegava inocência diante das acusações. Segundo o advogado Lenilson, Marlisson afirmou que não participava do consumo das drogas e não tinha envolvimento na suposta seita da família Cardoso.
“Ele nega todas as acusações sobre aplicar esses medicamentos. Ele não era usuário dessa substância e não disse se era obrigado a fazer algo em relação a isso. É importante salientar que ele não estava na casa em que Djidja foi encontrada morta. Ele foi após saber de sua morte e acabou sendo agredido pela família”, disse o advogado de Marlisson à reportagem de A CRÍTICA no dia da prisão.