Portal Castello Connection
Mundo

Marido que dopava esposa para ser estuprada por outros homens na França pede desculpas; sentença sai esta semana

Ele foi preso em 2020, ao tentar filmar embaixo das saias das clientes de um shopping center de Mazan, uma pequena cidade perto de Carpentras, onde vivia o casal.

Dominique Pelicot, o principal acusado no julgamento do estupro da própria esposa, Gisèle Pelicot, na França, pediu “desculpas” à família e elogiou a “coragem” da ex-mulher. Por uma década, ele dopou a ex-esposa para estuprá-la e para que ela fosse estuprada por outros homens, no caso que chocou o país e o mundo.

Nesta segunda (16/12), em suas declarações finais no tribunal de Avignon, Dominique disse:

“Gostaria de começar por saudar a coragem da minha ex-mulher.

Lamento o que fiz, fazer – a minha família – sofrer por quatro anos, peço perdão”.

Dominique Pelicot se refere aos quatro anos desde sua prisão, quando os crimes foram descobertos: Ele foi preso em 2020, ao tentar filmar embaixo das saias das clientes de um shopping center de Mazan, uma pequena cidade perto de Carpentras, onde vivia o casal. Durante as buscas na casa dele, os investigadores encontraram computadores, HDs e pen drives com cerca de 4.000 fotos e vídeos de Gisèle sendo estuprada.

Ao todo, 51 homens respondem à acusação de estupro. Eles têm idade entre 26 e 74 anos e são de diferentes classes sociais. Um suspeito é considerado foragido. Dos 50 julgados, 14 admitiram o crime – entre eles o próprio Dominique.

O julgamento foi interrompido nesta segunda-feira para deliberação dos juízes, e o anúncio da sentença dos acusados está previsto para quinta-feira (19).

As audiências no tribunal se estenderam por quase três meses. Na semana passada, os promotores do caso Gisèle Pelicot pediram a pena máxima de 20 anos para Dominique, que tem 72 anos. No julgamento, ele admitiu que durante anos misturou sedativos na comida e bebida da então esposa, para poder estuprá-la e também convidou dezenas de estranhos para participar dos atos.

A linha de defesa da maioria dos acusados é de que não sabiam se tratar de estupro: muitos alegam que apenas pensavam participar de um jogo sexual de um casal “libertino”. A maioria dos envolvidos encara também a possibilidade de 20 anos de cadeia por estupro com agravante. Nenhum deles denunciou os abusos à polícia.

O julgamento esteve muito presente durante as manifestações deste último fim de semana na França, nas quais milhares de pessoas foram às ruas para denunciar a violência contra as mulheres e pediram mudanças na legislação para prevenir os crimes de gênero. Diante do presidente francês, Emmanuel Macron, a presidente da Câmara dos Deputados, Karol Cariola, elogiou a “coragem e dignidade” de Gisèle, uma “cidadã comum que deu uma lição ao mundo”.

Com informações de UOL e G1.

Relacionados

Papa Francisco apresenta melhora após quadro de pneumonia

Redação

VÍDEO: avião fica de cabeça para baixo após acidente durante pouso

Redação

Policial fantasiado de capivara prende traficante, no Peru

Redação

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Leia mais