Morreu, aos 81 anos, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, um dos nomes mais reconhecidos da fotografia documental no mundo. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, ONG fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick Salgado.
Salgado sofria de um distúrbio sanguíneo causado por malária contraída na Indonésia e que não conseguiu tratar adequadamente. Em 2024, havia anunciado sua aposentadoria do trabalho de campo devido às sequelas deixadas por anos atuando em áreas de conflito e locais inóspitos.
Mineiro de Aimorés, Salgado começou sua trajetória como economista e virou fotógrafo nos anos 1970. Tornou-se conhecido pelos registros em preto e branco de trabalhadores, povos migrantes e regiões ameaçadas ambientalmente. Projetos como Trabalhadores, Êxodos e Gênesis o consagraram internacionalmente.
Ao lado de Lélia, criou o Instituto Terra em 1998, dedicado à recuperação da Mata Atlântica. O projeto transformou áreas devastadas em reserva ambiental, ganhando reconhecimento global.
Salgado percorreu mais de 120 países, deixando um acervo de imagens que documentam a condição humana e a urgência da preservação do planeta.
*Com informações G1