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31/05/2025
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Motoboys pedem aprovação de Projeto de Lei que regulamenta entregas em condomínios e residenciais de Manaus

Segundo o projeto, os entregadores de delivery poderão realizar as entregas na portaria ou no térreo da torre ou bloco, onde for permitida a circulação deles

(Foto: Reprodução / CMM)

Um grupo de motociclistas que prestam serviços de entrega em domicílio (delivery), conhecidos popularmente como “motoboys”, se mobilizou na manhã desta segunda-feira (21) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), localizada na Avenida Padre Agostinho Caballero Martin, bairro Santo Antônio, Zona Oeste de Manaus.

O motivo da mobilização dos entregadores foi para pressionar os vereadores a aprovarem o Projeto de Lei de nº 417/2023, que autoriza a entrada destes em condomínios residenciais, edifícios e salas comerciais.

O que diz o projeto?

Segundo o projeto, que tem autoria do vereador Rodrigo Guedes (Podemos), os entregadores de delivery, seja de moto ou bicicleta deverão realizar a entrega de duas formas, dependendo do tipo de residência do consumidor.

Em condomínios de edifícios, os entregadores de delivery deverão efetuar a entrega do pedido na portaria ou no térreo da torre ou bloco, onde for permitida a circulação de moto ou bicicleta em área interna trafegável, acompanhados ou não por seguranças, de acordo com o regimento interno do condomínio.

Já nos condomínios residenciais e salas comerciais, fica permitida a circulação nas áreas transitáveis para efetuar a entrega em domicílio, acompanhados ou não por seguranças, de acordo com o regimento interno do condomínio.

Comissão rejeita

O PL recebeu parecer contrário da 2ª Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) na última sexta-feira (18), que apontou ilegalidades quanto às leis trabalhistas, do direito do consumidor e inconstitucionalidades.

Segundo o vereador Antônio Peixoto (Agir), o PL estaria atribuindo desvio de funções a uma categoria que não está habilitada para isso.

“Autorizar o trabalho de segurança do condomínio ou agente de segurança em entregar os pedidos ao grupo de moradores em pleno desvio de função. […] Caso o Projeto de Lei seja apresentado poderá ensejar em inúmeras declamatórias trabalhistas condenando os condomínios a pagarem diferenças salariais por desvio de função. Quando um colaborador contratado para executar determinadas atribuições pertinentes ao cargo acaba desempenhando outras funções diferentes do seu dia a dia”, destacou Peixoto no plenário.

Peixoto ressaltou que esse tipo de prática pode impactar ainda na segurança do condomínio.

“Isso pode acabar atrapalhando a entrada e saída de pessoas no condomínio posto que tanto a portaria e a segurança ficará desfalcada enquanto o profissional fará a entrega”, acrescentou Peixoto.

Guedes rebate e impede arquivamento

Após a fala de Peixoto, Rodrigo Guedes rebateu as críticas ao PL de sua autoria, ressaltando que a Câmara Municipal de Manaus já aprovou propostas que tratam sobre atividades que devem ser feitos por síndicos de condomínio, como é o caso de reportar casos de violência doméstica dentro dessas moradias.

“Eu posso dizer aqui quatro ou cinco condomínios em que eles [entregadores] são obrigados a deixarem a bag lá e levar o alimento andando dentro do condomínio. Isso é uma realidade. O projeto de lei é um pedido deles é versa sobre assunto de interesse local. Regras de funcionamento do comércio. Assim como nós, nessa legislatura, já aprovamos projetos de lei que dizem a respeito sobre condomínios, como a comunicação de casos de violência dentro de condomínios por parte dos síndicos. É plenamente possível pela Constituição Federal. Em outros lugares funciona desse jeito. A intenção desse PL é uniformizar as regras”, rebateu Guedes.

O parlamentar também aproveitou para anunciar que conseguiu impedir o arquivamento do Projeto de Lei imposto pela CCJR ao reunir 17 assinaturas dos vereadores presentes na sessão. Com isso, o projeto passará a ser discutido e analisado na plenária da CMM.

*Fonte: A Crítica

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