O Ministério Público do Amazonas (MPAM) entrou com uma ação, em caráter de urgência, para suspender a venda de ingressos do Festival de Parintins 2026. O pedido foi protocolado nesta terça-feira (4), após o órgão identificar aumentos considerados excessivos nos preços divulgados pela empresa responsável pela comercialização.
De acordo com o MPAM, as vendas estão previstas para começar na próxima sexta-feira (7), mas os valores apresentados ao público seriam desproporcionais. Entre os pontos destacados estão:
Acompanhe nosso 📌 Canal no WhatsApp
- O passaporte para as três noites do festival pode chegar a R$ 4,8 mil;
- Alguns setores tiveram reajustes superiores a 200% em relação a 2025;
- O ingresso avulso por noite apresenta aumento de 82,9%, enquanto o pacote para as três noites sobe 248,7%;
- Em 2025, o ingresso mais barato custava R$ 500 e o passaporte R$ 1.440; para 2026, os mesmos itens passam a R$ 1 mil e R$ 3 mil, respectivamente.
O documento é assinado pelas promotoras de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, da 81ª Promotoria Especializada na Defesa do Consumidor (Prodecon), e Marina Campos Maciel, da 3ª Promotoria de Parintins.
Segundo o Ministério Público, a falta de transparência nas informações expõe os consumidores a práticas que podem caracterizar abuso.
“Consideramos essa prática abusiva, então o Ministério Público está buscando essa informação para que o consumidor não se sinta lesado”, afirmou a promotora Sheyla Andrade.
O MPAM solicita que a empresa Amazon Best Turismo e Eventos Ltda.:
- Apresente publicamente as razões do reajuste antes de retomar as vendas;
- Retire temporariamente todas as plataformas de venda online até que as justificativas sejam avaliadas;
- E, em caso de descumprimento da liminar, arque com multa diária de R$ 50 mil.

