O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (10/6) e justificou sua ausência na cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro de 2023, afirmando temer ser vaiado.
Bolsonaro afirmou que não passou a faixa presidencial ao sucessor para evitar o que chamou de “a maior vaia da história do Brasil”. Com a ausência do então presidente, Lula recebeu a faixa presidencial em uma cerimônia simbólica, acompanhado por representantes da sociedade civil e lideranças políticas.
O depoimento faz parte das investigações conduzidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de impedir a posse de Lula após as eleições de 2022. Bolsonaro deixou o país dois dias antes da posse, viajando para os Estados Unidos.
A PGR investiga supostas articulações de Bolsonaro para permanecer no poder, incluindo a elaboração de uma minuta de decreto para instaurar estado de exceção e o conhecimento de um plano chamado “Punhal Verde Amarelo”, que teria previsto a execução do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Embora Bolsonaro negue envolvimento em qualquer plano golpista, as investigações prosseguem no âmbito da operação Tempus Veritatis, que apura a participação de aliados e assessores do ex-presidente em ações contra o processo democrático.
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