Um estudo clínico conduzido por médicos do Hospital Israelita Albert Einstein traz uma nova esperança para pacientes com mais de 60 anos diagnosticados com leucemia mieloide aguda e mielodisplasia. Embora o transplante de células-tronco hematopoiéticas (HCT) seja considerado um dos principais tratamentos para essas doenças, ele não costuma ser bem tolerado por essa faixa etária, devido ao alto risco de complicações graves.
Segundo o coordenador do departamento de Hematologia do Einstein, Nelson Hamerschlak, esse grupo foi escolhido por ser a população que mais cresce em relação à necessidade de transplantes. No entanto, os protocolos convencionais de condicionamento — usados para preparar o organismo antes da cirurgia — frequentemente provocam toxicidade pulmonar, hepática e cardíaca, além de aumentar o risco de infecções graves e da chamada mortalidade não relacionada à recaída (NRM).
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O novo protocolo testado pelo Einstein busca minimizar esses efeitos adversos, tornando o transplante mais seguro para idosos e ampliando o acesso ao procedimento. Os resultados preliminares indicam maior tolerância ao tratamento e melhor perspectiva de sobrevida para pacientes que antes eram considerados inaptos.
A pesquisa foi apresentada no congresso da American Society of Hematology (ASH 2025), onde o Einstein teve participação histórica com mais de 40 trabalhos selecionados e três estudos premiados. O avanço reforça o papel da instituição como referência em inovação científica na América Latina.
Fonte: Correio Braziliense


