O recente diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu discussões sobre a importância estratégica do café brasileiro no comércio internacional.
De acordo com a BBC News Brasil, Trump comentou com Lula que os Estados Unidos estão “sentindo falta” de produtos brasileiros que foram impactados pela tarifa de 50% imposta anteriormente, mencionando diretamente o café como exemplo.
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Com o Brasil responsável por 44% da produção global de café arábica e por cerca de um terço do fornecimento aos EUA, a ausência do produto brasileiro tem sido sentida no mercado americano, que não consegue suprir sua demanda apenas com a produção interna.
Entre os principais motivos da forte presença do café brasileiro nos Estados Unidos, destacam-se:
- O Brasil lidera o ranking mundial de exportação de café, sendo o maior fornecedor para o mercado americano.
- O país tem domínio no segmento de café arábica — variedade premium e preferida pelos consumidores dos EUA.
- A grande escala de produção e a diversidade climática favorecem a oferta de grãos com qualidade, constância e preços acessíveis.
- Nenhum outro país produtor tem, no curto prazo, capacidade de substituir o volume exportado pelo Brasil.
- O café brasileiro tem longa tradição e reputação no mercado internacional, influenciando diretamente o gosto do consumidor americano.
Quando o aumento tarifário foi anunciado por Trump, em julho, especialistas já alertavam que os EUA enfrentariam dificuldades para substituir o café brasileiro sem comprometer o abastecimento e a qualidade ofertada ao consumidor local.

