A obra da ponte sobre o Rio Curuçá, na BR-319, segue em ritmo avançado e já está 75% concluída. A estrutura vai substituir a antiga ponte que desabou em 2022, afetando diretamente o tráfego entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO). Neste domingo (18), uma comitiva formada por autoridades e representantes do setor produtivo vistoriou o andamento dos trabalhos.
A vistoria contou com a presença do senador Eduardo Braga (MDB-AM), do superintendente do DNIT, Orlando Fanaia, prefeitos de municípios da região, como Apuí e Careiro, além de representantes da PRF, Antaq e empresários locais.
De acordo com o DNIT, os trabalhos de engenharia vêm sendo executados todos os dias, inclusive aos domingos. Já foram colocadas as vigas metálicas da superestrutura – cada uma com 17 toneladas, produzidas em Manaus. O fim do período chuvoso deve acelerar o ritmo das obras.
Na fase atual, cerca de 35 operários trabalham na montagem de um dos lados da ponte. Com o avanço para o outro lado do rio, mais trabalhadores serão mobilizados. A próxima etapa inclui instalação de pré-laje, guarda-corpo, sinalização e finalização da estrutura.
Segundo o DNIT, a ponte terá 150 metros de extensão e capacidade para suportar veículos de até 45 toneladas. A expectativa é de que a obra seja entregue até setembro deste ano, após superar os desafios com fundações, troca de empresa e o período intenso de chuvas.
Além da ponte sobre o Curuçá, a vistoria também abordou a situação das pontes sobre os rios Autaz Mirim e Igapó-Açu, ainda em fase de obras. A ponte do Igapó-Açu, por exemplo, é o último ponto da BR-319 onde ainda é necessária a travessia por balsa.
Durante a visita, também foi anunciada a pavimentação de um trecho de 52 km da rodovia, a partir do km 198, o que deve beneficiar moradores de diversas comunidades e facilitar o escoamento da produção.
Como solução provisória para o trecho do Curuçá, foi instalada uma balsa fixa no local. A medida aliviou as longas filas de veículos e evitou prejuízos no transporte de produtos perecíveis, que chegavam a ficar horas na espera para atravessar o rio.
A BR-319 é considerada estratégica para a economia do Amazonas, especialmente em períodos de estiagem, como a registrada em 2024. Com os rios secos, os preços do transporte fluvial aumentaram, chegando a R$ 32 mil por contêiner, segundo empresários do setor.
A conclusão das pontes e a pavimentação da rodovia devem impactar diretamente na redução dos custos logísticos, beneficiando tanto o Amazonas quanto Roraima, que dependem do fluxo terrestre para o abastecimento de produtos.