A Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) divulgaram alerta aos Estados-Membros e pedem atenção a possível aumento de casos de dengue nas Américas. OPAS e OMS defendem protocolos para garantir o diagnóstico precoce e o atendimento oportuno de casos de dengue e outros arbovírus, a fim de prevenir situações graves e mortes associadas a essas doenças.
O alerta feito no dia 7 pelas duas organizações indica a ocorrência e a magnitude dos surtos de dengue geralmente estão associadas à introdução ou ao aumento da circulação de um sorotipo diferente daquele que predominava anteriormente em uma região afetada. Dado o risco de aumento da circulação do DENV-3 no hemisfério sul da Região das Américas durante o pico da temporada de dengue, a recomendação é para os governos desses países se anteciparam na adoção de medidas preventivas e de atenção aos doentes.
Informações da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgadas no dia 11, apontam que a dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, possui quatro sorotipos, que vão do Denv-1 ao Denv-4. A imunidade contra um sorotipo protege a pessoa por toda a vida, mas infecções subsequentes por outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves.
O aparecimento ou aumento de um sorotipo que não era predominante em uma região pode levar a um maior número de casos, devido à maior suscetibilidade da população, adverte a ONU. O sorotipo Denv-3 foi identificado em vários países das Américas, incluindo Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.
Em 2024, a Argentina relatou sua circulação, marcando a introdução desse sorotipo no país. No ano passado, Brasil e Colômbia relataram aumento de casos associados ao Denv-3, principalmente entre crianças. O sorotipo também foi detectado em outras partes da América Central e do Caribe. A região das Américas registrou mais de 13 milhões de casos de dengue, dos quais 22.684 foram classificados como graves e 8.186 resultaram em mortes.
Nas primeiras semanas de 2025 foram registrados em 23 países das Américas um total de 238.659 casos. O Brasil responde com 87% do total dos registros da doença seguido pela Colômbia com 5,6%, e Nicarágua, Peru e México, todos com 2,5%. Desses casos, 263 foram graves e 23 pessoas morreram. OPAS/OMS recomenda campanhas de educação pública para reduzir a exposição a mosquitos vetores e eliminar criadouros também são consideradas essenciais pela agência.
*Fonte: Acrítica