Entre os dias 25 de setembro e 8 de outubro, uma operação conjunta desmantelou diversos pontos de garimpo ilegal em rios localizados no interior do Amazonas, próximos a comunidades ribeirinhas e territórios indígenas dos municípios de São Paulo de Olivença, Amaturá e Santo Antônio do Içá.
O trabalho de fiscalização contou com o uso de imagens de satélite para localizar dragas, embarcações e acampamentos utilizados pelos garimpeiros. Durante a operação, os agentes destruíram balsas, motores, calhas de extração, bombas e grandes volumes de óleo diesel. Algumas das estruturas estavam escondidas em ramificações dos rios, conhecidas como “furos”, para tentar evitar a detecção.
Acompanhe nosso 📌 Canal no WhatsApp
Batizada de Operação Xapiri Wahanararai, a ação reuniu servidores da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), do Exército Brasileiro e da Polícia Federal. De acordo com a Funai, a atuação também alcançou as Terras Indígenas Éware I e Éware II, onde vivem cerca de 3 mil indígenas das etnias Tikuna, Kokama e Kambeba.
O Ibama foi responsável por fornecer mapas atualizados e realizar o monitoramento aéreo com o uso de drones. Já a Polícia Federal atuou na fiscalização direta e no intercâmbio de dados de inteligência.
A Coordenação Regional Alto Rio Solimões, com sede em Tabatinga, acompanha e implementa medidas de proteção aos povos indígenas em uma área que abrange 16 municípios do estado e cerca de 85 mil indígenas de diferentes etnias. A ação integra uma série de medidas contínuas do governo federal para combater o garimpo ilegal na região amazônica.

 

