O pai de um recém nascido tentou abandonar a criança na manhã desta quarta-feira (8) no 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP), bairro Petrópolis, zona sul de Manaus. O homem fingiu ter resgatado a criança na rua, mas confessou a tentativa do abandono. O bebê recebe os cuidados médicos na maternidade Estadual Balbina Mestrinho, no bairro Centro, zona Centro-Sul da capital.
O homem, de 24 anos, que não teve o nome revelado, chegou ao 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP) por volta das 9h desta quarta-feira (8) com a criança nos braços. O bebê ainda estava com o cordão umbilical ligado ao corpo. O homem informou aos policiais que tinha encontrado o recém-nascido em uma rua do bairro Japiim, na zona Sul de Manaus.
A delegada, Elizabeth de Paula, titular da unidade policial, acionou o Conselho Tutelar e direcionou a criança para a maternidade. O homem quis ir embora após entregar a criança, mas os policiais perceberam o nervosismo e pediram pra o homem levar a equipe de policiais até o local onde havia encontrado a criança. Ele aceitou e foi até onde suspostamente teria encontrado o bebê.
Ao chegar pediu para falar a sós com a delegada. “Ele falou que precisava levar a gente dentro da casa dele para falar algo importante, foi a nossa surpresa porque nos deparamos com a mulher dele. Ele contou que é o pai da criança e que haviam decidido se livrar dela” disse a delegada.
A conselheira tutelar da zona Sul, Kiki Anjos, acompanhou todas as diligências em torno do caso e disse que não havia nenhum material na casa para receber o bebê, seja enxoval ou até um local destinado para a criança.
“Parece que foi realmente algo arquitetado e não um choque pós parto porque a criança não tinha nada, exatamente nada mesmo”, declarou a conselheira.
O pai da criança vai ser indiciado pelos crimes de denunciação caluniosa e abandono de incapaz. A mãe também responderá pelo crime de abandono. Nenhum dos dois foi preso em flagrante.
A criança segue em observação na maternidade, mas não corre risco de morte. O futuro do recém nascido ainda não está definido, o Conselho Tutelar acionou a rede de amparo.
*Fonte: Acrítica