Quase seis anos após um crime que abalou o país, Paulo Cupertino foi condenado nesta sexta-feira (30) pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais do jovem, João Alcisio Miguel e Míriam Selma Miguel. O júri popular o considerou culpado por triplo homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
O crime aconteceu em 2019, na zona sul de São Paulo, quando Cupertino, inconformado com o namoro entre sua filha, Isabela Tibcherani, então com 18 anos, e Rafael, de 22, assassinou o jovem e seus pais com 13 disparos. O julgamento ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital.
Durante o julgamento, Cupertino demonstrou nervosismo, respondeu apenas às perguntas da própria defesa e recusou-se a falar com os promotores do Ministério Público. Em um momento, chegou a provocar a acusação e alegar supostas irregularidades no processo.
Também foram julgados Wanderley Antunes e Eduardo Machado, acusados de ajudar Cupertino na fuga. Eles foram absolvidos após alegarem que foram enganados pelo réu ao oferecerem abrigo e dinheiro.
Sete testemunhas prestaram depoimento, incluindo Isabela Tibcherani e Vanessa Tibcherani, ex-esposa de Cupertino, que relataram episódios de violência doméstica.
Após mais de dois anos foragido, o empresário foi preso em 2022. A condenação encerra um dos casos mais impactantes envolvendo violência familiar e a morte de um jovem ator no Brasil.