Os policiais militares Joseney das Neves Morais, Bruno Cezanne Pereira, Thiago Carvalho Trindade e Germano da Luz Júnior, estão sentados no banco dos réus nesta segunda-feira (5), para serem julgados pelo assassinato do colega de farda Jancicley Stone de Souza. O julgamento esta sendo realizado pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri
De acordo com denúncia oferecida pelo Ministério Público, os denunciados, que assim como a vítima são policiais militares, de posse de suas respectivas armas de fogo dispararam contra Jancicley Stone de Souza, causando-lhe a morte.
A sessão de julgamento popular está sendo presidida pelo juiz de direito titular da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, James Oliveira dos Santos. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) destacou o promotor de justiça Leonardo Tupinambá para atuar na acusação. Ele tem como assistentes, os advogados Adnilson Gomes Nery, Renata Andréa Cabral Pestana Vieira e Eduardo Gouvea Valdivino.
O julgamento começou às 9h45, com o sorteio dos jurados para compor o Conselho de Sentença, que está formado por seis homens e uma mulher. Até às 13h, quando o julgamento teve um intervalo, seis pessoas foram ouvidas na condição de testemunha de acusação.
A previsão é que o julgamento se estenda até o início da noite de terça-feira (6), devendo a sessão ser suspensa por volta de 18h desta segunda-feira (5).
Joseney das Neves Morais, Bruno Cezanne Pereira, Thiago Carvalho
Trindade e Germano da Luz Júnior estão sendo julgados por homicídio qualificado, art. 121, parágrafo 2.º, inciso IV (com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), do Código Penal Brasileiro.
Segundo o que consta no inquérito policial, a vítima estava trafegando em seu veículo, uma Hilux SW4, branca, sem placas, saindo do Ramal da Anaconda, quando foi abordado pelos policiais, que estavam em três motocicletas, sem identificação da corporação.
A vítima não teria obedecido aos sinais para parar, momento em que os PMs dispararam contra o veículo, que capotou. Ainda segundo a denúncia, a vítima, então, foi alvejada novamente, não resistindo e morrendo ainda no local.
Conforme a decisão de pronúncia (em que o juiz determinou que os réus fossem submetidos a júri popular), ao prestarem depoimento na fase de instrução, Joseney, Bruno Cezanne e Thiago Trindade, alegaram ter agido em legítima defesa, uma vez que estavam fazendo patrulhamento de rotina, fardados, em motos devidamente caracterizadas e com giroflex e sirenes acionadas.
Eles teriam tentado abordar o veículo da vítima, que empreendeu fuga, fazendo com que os policiais iniciassem perseguição. Segundo eles, o motorista teria atirado e acabaram revidando. O acusado Germano Luz Júnior, não compareceu as audiências e nem ao interrogatório.
*Fonte: Acrítica