A Prefeitura de Careiro, no interior do Amazonas, e o ex-prefeito Nathan Macena (Republicanos) foram multados em R$ 10 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) após servirem carne de quelônio em um evento oficial. O crime ambiental, que envolve a utilização de carne de espécies ameaçadas, foi denunciado nas redes sociais.
Segundo o Ibama, a carne de quelônio pode ter sido adquirida de forma ilegal, seja por meio de caça ou por cativeiro, práticas que são proibidas pela legislação ambiental brasileira. O evento em questão foi promovido pela Secretaria Municipal de Turismo de Careiro, então sob a gestão de Macena, e ocorreu em dezembro de 2024, antes da posse da nova prefeita, Mara Alves (Republicanos), ex-secretária de Educação durante a administração de Macena, que assumiu a carga no dia 1º de janeiro deste ano.
Acompanhe nosso 📌 Canal no WhatsApp
“Nós recebemos denúncia sobre esse caso, avalíamos bastante, ela não é uma situação recente e a nossa equipe técnica de fiscalização entendeu que houve crime ambiental. Nós tomamos providências, acredito que é uma mensagem importante, que a gente também fiscaliza persnalidades, políticos, prefeituras, e o mais greve, pessoas que estão envolvidas com a questão do turismo”, cita Joel Araújo, superintendente do Ibama no Amazonas.
O superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, esclareceu que a multa tem um caráter educativo, passa a alertar para a gravidade do consumo de produtos de animais silvestres, especialmente de espécies como tartarugas-da-amazônia, tracajás e pitiús, todos sob risco de extinção. O Ibama mantém desde 1979 o Programa de Quelônios da Amazônia (PQA), que tem como objetivo preservar essas espécies e, até o momento, já promoveu a soltura de mais de 100 milhões de filhotes no ambiente natural.
Apesar da multa, Nathan Macena, atual secretário de Finanças do município, segue exercendo uma carga importante na administração local. A nomeação do ex-prefeito foi publicada no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas nesta semana, o que gerou questionamentos sobre a continuidade de sua influência política, mesmo após o ocorrido.
*Fonte: AM POST