Depois de um hiato de 14 anos, chega aos cinemas o sexto filme dessa franquia de horror que fez muito sucesso no começo dos anos 2000. A lógica é a mesma dos outros filmes. Alguém tem uma premonição e por isso consegue “enganar” a morte salvando a si mesmo e mais algumas pessoas que morreriam em um acidente. Depois a morte persegue os sobreviventes que morrem das formas mais bizarras possíveis.
Premonição 6 é bom do início ao fim! A sequência de abertura é formidável, muito bem escrita, muito bem dirigida e muito tensa. Estamos nos anos 60 e um casal vai à inauguração de um restaurante que fica no alto de uma torre. O filme não perde uma oportunidade para mostrar que algo errado vai acontecer. A mocinha olhando para baixo enquanto sobe no elevador, os parafusos da torre tremendo, o chão de vidro rachando. A tensão vai crescendo até que…
Algo muito errado começa a acontecer. A torre começa a ruir e o pânico se instala. É gente caindo, é gente pegando fogo, é gente sendo atravessada por vergalhão, por caco de vidro, muita correria, muita gritaria, muito sangue. Um deleite para os olhos!
Essa sensacional sequência de abertura, na verdade é um sonho. Um sonho recorrente de Stefani, a protagonista do filme. Ela descobre que aquele sonho foi exatamente uma premonição que Iris, a sua avó, teve lá pelos anos 60, quando foi com o seu namorado jantar na inauguração daquele mesmo restaurante. Por causa da premonição, ela salva todo mundo que ia morrer naquele acidente, inclusive a si mesma.
Portanto, todas aquelas pessoas continuaram suas vidas e geraram descendentes, filhos, netos etc. Até que algo muito errado começa a acontecer novamente. A morte persegue cada uma das famílias dos sobreviventes, matando a todos das maneiras mais bizarras possíveis. Isso fez com que Iris, avó de Stefani, se isolasse para proteger a sua família. Ela tem certeza de que, enquanto ela permanecer viva, seus descendentes também não morrerão. Porém ela acaba de descobrir um câncer terminal e entende que algo muito errado vai começar a acontecer com sua família.
O grande mérito do filme é que, mesmo a gente sabendo que tal personagem vai morrer, o roteiro consegue nos surpreender, pois não sabemos nem como e nem quando. Basta alguém ir para o meio da rua para logo imaginarmos um caminhão o atropelando, deixando os parentes na calçada pintados por respingos de seu sangue. Além disso, há dois momentos em que o roteiro consegue nos enganar de forma majestosa. O primeiro deles resulta na morte mais legal de todo o filme. Não posso falar muita coisa para não estragar sua experiência. Mas posso dizer que também adorei o final do filme!
Como já disse, o filme é bom do começo ao fim. Premonição 6: Laços de Sangue, entrega tudo o que esperamos de um filme da franquia: muita tensão, muito sangue, alguns sustos e muita diversão. Principalmente quanto às mortes, imprevisíveis e tão bizarras quanto engraçadas.
Horror • Slasher
Roteiro: Guy Busick e Lori Evans Taylor
Direção: Zack Lipovsky e Adam B. Stein
Com Kaitlyn Santa Juana, Richard Harmon e Gabrielle Rose
EUA, 2025