O promotor aposentado Walber Nascimento deve ser interrogado na próxima terça-feira (17) dentro do processo administrativo disciplinar (PAD) que responde por ter chamado a advogada Catharina Estrella de “cadela”. O processo chegou a ser arquivado no início de 2024 após sua aposentadoria voluntária, mas foi reaberto pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em outubro.
No dia 16, a vítima e três testemunhas – os advogados Alan Johnny Feitosa, Jean Cleuter Mendonça e Jéssica de Araújo Vieira – serão ouvidas pelo CNPM na Sede da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Amazonas. A decisão foi assinada pelo conselheiro relator Jaime de Cassio Miranda. O caso ocorreu durante uma audiência da 3ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus em setembro de 2023.
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“Compará-la, vossa excelência, a uma cadela, de fato é muito ofensivo, mas não a vossa Excelência, à cadela”, disse, à época.
Em outra audiência, o promotor também ofendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que “não tem ninguém de verdade preso porque o líder da quadrilha dos ladrões está na presidência” e que criminosos não eram presos porque “vários ministros dos tribunais superiores a serviço dessa quadrilha, chamada Partido dos Trabalhadores, soltou todos eles”. Essas outras ofensas farão parte de outro processo disciplinar contra Walber Nascimento, caso o plenário do CNPM instaure.
O desarquivamento do PAD ocorreu após um pedido da advogada Soraia da Rosa Mendes, representante de Catharina Estrella. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou que “por maioria, foi dado provimento ao recurso interno para determinar a instauração do procedimento administrativo disciplinar, divergindo os nobres conselheiros Jaime Miranda e Edivaldo Nilo”.
*Fonte: Acrítica