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Rachadinha na Câmara: presidente evita julgamento de vereador preso e gera críticas

Reis defendeu o princípio da presunção de inocência e ressaltou que Bual ainda não foi indiciado. O parlamentar é suspeito de manter um esquema de rachadinha no gabinete.

(Foto: Reprodução/internet)

O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), afirmou nesta segunda-feira (6) que o Legislativo não fará julgamento político do vereador Rosinaldo Bual (Agir), preso na sexta-feira (3) durante a Operação Face Oculta, do Gaeco, do Ministério Público do Amazonas (MPAM).

Reis defendeu o princípio da presunção de inocência e ressaltou que Bual ainda não foi indiciado. O parlamentar é suspeito de manter um esquema de rachadinha no gabinete.

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“Não imaginem ou não pensem que esta presidência irá pôr a julgamento uma pessoa que nem indiciada foi. No direito brasileiro, o indiciamento é o fim do curso administrativo de uma investigação, podendo dar início a um processo [de cassação]. Portanto, nós precisamos respeitar todo o curso processual existente”, afirmou Reis na Mesa Diretora.

O presidente da CMM também rebateu críticas sobre um suposto silêncio em relação à prisão. Ele disse que estava em agenda política em Nhamundá, onde se apresenta como pré-candidato a deputado estadual, e só se posicionou publicamente ao retornar a Manaus.

Antes da fala de Reis, o vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) classificou o caso como “muito grave” e defendeu que a Câmara não pode “fingir que nada está acontecendo”. Ele cobrou atuação rápida da Comissão de Ética.

“Envolve a imagem da Casa, da política, de todos nós vereadores de Manaus. O pedido que faço é que a gente tome uma decisão de parlamento, para justamente uma cadeira não ficar vazia com um membro preso”, disse Guedes.

A Justiça do Amazonas manteve a prisão preventiva de Bual e da chefe de gabinete dele, Luzia Seixas Barbosa, após audiência de custódia. Na operação, o Gaeco apreendeu R$ 390 mil em espécie, dois cheques de R$ 250 mil e R$ 300 mil, além de celulares, computadores, documentos, joias e bloqueou R$ 2,5 milhões em contas bancárias do vereador.

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