A Rede Globo e a Rede Amazônica vão transmitir a 57ª edição do Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas. O anúncio foi feito pelo governador Wilson Lima, nesta quinta-feira (2). Esta edição do evento, que traz a disputa dos bois Garantido e Caprichoso, na Ilha Tupinambarana, vai ser realizado nos dias 28, 29 e 30 de junho.
“É um desafio fazer essa transmissão, a Globo é a segunda maior emissora do planeta e ela poderia estar cobrindo qualquer outro festival, mas escolheu estar em Parintins. Isso é importante para o estado, para a cidade, e nos coloca em outro patamar. Isso mostra a importância da Amazônia”, disse o governador Wilson Lima.
A festa folclórica, que já é tradicional no calendário cultural amazonense, ganhou destaque nacional com a participação da cunhã-poranga do Boi Garantido, Isabelle Nogueira, no Big Brother Brasil 2024.
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No Bumbódromo, uma espécie de arena, as duas agremiações se apresentam, anualmente, no último fim de semana de junho. Os bumbás desenvolvem os temas e contam as lendas dos povos originários em alegorias gigantescas. Todo espetáculo tem como trilha sonora as toadas – canções que retratam a cultura dos povos originários da Amazônia.
A transmissão vai ocorrer por meio de todas as plataformas da emissora na TV, rádio e internet.
A assinatura do contrato que autorizou a transmissão aconteceu na sede do Governo do Amazonas, em Manaus, na tarde desta quinta (2). Na ocasião, estavam presentes os presidentes dos dois bumbás Rossy Amoedo, do Caprichoso, e Fred Góes, do Garantido, além do CEO do Grupo Rede Amazônica, Phelippe Daou Júnior.
“Realmente, toda essa construção nada seria sem possível sem o aval do governador Wilson Lima. Quero agradecer, então, a confiança ao trabalho da Rede Amazônica, somos apaixonados pela nossa região e acreditamos que a transmissão do festival vai potencializar ainda mais a nossa Amazônia”, explicou Phelippe Daour Júnior.
Em fevereiro, a Rede Amazônica também transmitiu o Carnaboi. A festa funciona como uma prévia para a próxima edição do festival folclórico e abre a temporada “bovina” no estado.
O evento foi exibido para todo o Amazonas, além do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Mais de 35 mil pessoas lotaram o Studio 5, em Manaus, durante as duas noites de apresentação.
O Festival
O Festival Folclórico de Parintins foi criado, em 1965, para arrecadar doações para a conclusão da obra Catedral de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade. Desde então, cresceu e ganhou o Amazonas e o país, se tornando o maior espetáculo a céu aberto.
Graças ao festival, por meio dos espetáculos produzidos pela imaginação dos artistas parintinenses de Caprichoso e Garantido, a festa popular ganhou o título de Patrimônio Cultural do Brasil e expandiu a cultura amazonense para o mundo ver. Com o sucesso da festa, os artistas foram ‘exportados’ para os carnavais do Rio de Janeiro e São Paulo, levando a arte parintinense além fronteiras.
Em cada duelo, a agremiação tem o tempo mínimo de duas horas de apresentação e o tempo máximo de 2 horas e 30 minutos. Enquanto um boi se apresenta, a ‘galera’, nome dado a torcida, deve permanecer em silêncio.
Durante o festival, os jurados julgam 21 itens, sendo individuais e coletivos. São eles:
- Apresentador;
- Levantador de toadas;
- Batucada ou Marujada;
- Ritual indígena;
- Porta-estandarte;
- Amo do boi;
- Sinhazinha da fazenda;
- Rainha do folclore;
- Cunhã-poranga;
- Boi bumbá (evolução);
- Toada (letra e música);
- Pajé;
- Tribos indígenas;
- Taxauas;
- Figura típica regional,
- Alegorias;
- Lenda amazônica;
- Vaqueirada;
- Galera;
- Coreografia; e
- Organização do conjunto folclórico.
*Fonte: G1 AM