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26/02/2025
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Reserva de cotas para estudantes do AM será mantida no vestibular da UEA deste fim de semana

Uma nova legislação deve ser construída para os próximos vestibulares tentando manter as cotas regionais

Foto: Daniel Brito/UEA

A reserva de 80% das vagas para candidatos egressos de escolas do Amazonas para o Vestibular 2023, acesso 2024 e SIS da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) está mantida durante esse fim de semana. O esclarecimento foi dado pelo reitor André Zogahib durante coletiva de imprensa realizada na Reitoria da UEA, localizada na avenida Djalma Batista, bairro Flores.

De acordo com Zogahib, o edital deste ano foi construído com base nas diretrizes da lei vigente antes do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer como inconstitucional tal reserva de vagas, na última quinta-feira (19).

“A legislação que pautou a formulação e publicação desse edital foi ainda a legislação dos 80%. Então vamos seguir com essa perspectiva. Era o ato jurídico perfeito naquele momento. Nós seguimos de acordo com a legislação que estava em vigor naquele momento. Então entendemos que o efeito desta inconstitucionalidade é dali pra frente. Então não afeta a questão deste Vestibular e desse SIS das pessoas que vão prestar esses exames no final de semana e início da semana que vem”, esclareceu Zogahib.

André Zogahib, reitor da UEA (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)
André Zogahib, reitor da UEA (Foto: Junio Matos)

Propostas de legislação

A decisão do STF, como apontado pelo procurador-geral Isaltino Barbosa, deixa margem para que uma nova legislação seja levantada com o intuito de assegurar uma reserva de vagas para egressos de escolas do Amazonas, desde que a lei respeite a Constituição Federal.

“Nós consideramos uma vitória muito grande alcançada na noite de ontem. A nossa preocupação era de que ficasse proibida a possibilidade de cotas regionais. Foram feitas inúmeras diligências em Brasília e principalmente no gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, que era o voto que nós defendemos. O STF diz que 80% é inconstitucional, mas ele não fixou mínimo e máximo. Ele não está abrindo ou fechando portas. Então é possível que estados, incluindo o Amazonas, façam suas leis estabelecendo cotas regionais, mas em patamares razoáveis. A realidade do Amazonas é diferente da realidade do Rio Grande do Sul, de Tocantins”, explicou o procurador-geral do Estado.

Na coletiva, também estavam presentes os deputados João Luiz (Republicanos) e Thiago Abrahim (União Brasil), ambos membros da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

Questionados pela imprensa sobre como a casa está se movimentando para construir uma nova legislação, tendo em vista que já existe um projeto de lei, de autoria da deputada Mayara Pinheiro (Republicanos), estabelecendo 50% das vagas para egressos do Amazonas na UEA, o deputado Thiago Abrahim destacou que a nova legislação será construída em conjunto com outros parlamentares, governo e a universidade.

“Esse processo será construído conjuntamente entre todos os deputados, entre o poder executivo e a UEA para que a gente possa construir e visualizar da melhor forma possível para atender os anseios da população. É um projeto coletivo. Esse trabalho é um esforço de todos os parlamentares, tanto da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas quanto dos que estão em Brasília, deputados e senadores. É um interesse geral construirmos e continuarmos isso porque está dando certo. É um dos programas mais exitosos que existem no nosso país é o da UEA hoje”, respondeu Abrahim.

Novo percentual

O reitor da UEA não deu detalhes sobre a nova porcentagem que será destinada aos egressos de escolas do Amazonas, mas ressaltou que até o final do ano será possível instituir uma nova proposta.

“Vamos discutir ainda e estabelecer um percentual dentro da razoabilidade e seguindo evidentemente o acórdão do Supremo Tribunal Federal e respeitando a decisão que foi ontem tomada pelos ministros. O edital do Vestibular vai ser lançado somente ano que vem. Temos todo esse prazo até o lançamento do edital para que essa legislação seja elaborada. Pretendemos lançar até junho do ano que vem. Então até lá a legislação tem que estar aprovada. Queremos discutir de maneira muito tranquila, de parcimônia. Até para que não tenhamos nenhum outro retrocesso nesse aspecto, respeitando a legislação e constituição. A ideia é que a gente tenha ainda esse ano uma reunião mais conclusiva para que até o final do ano a gente tenha esse limite para apresentar a proposta”, acrescentou Zogahib.

 

*Fonte: A Crítica

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