A influenciadora digital amazonense Ruivinha de Marte, conhecida nacionalmente por seu conteúdo irreverente nas redes sociais, publicou nesta quinta-feira (24) uma nota de repúdio contra a utilização indevida de sua imagem em materiais falsos criados com o uso de inteligência artificial. A denúncia envolve a veiculação de um suposto site chamado “Ruivinhademarte.shop“, que estaria promovendo a venda de imagens eróticas atribuídas falsamente à influenciadora.
Segundo Ruivinha, o golpe digital utiliza sua imagem e nome de maneira criminosa, associando-os, sem qualquer autorização, à plataforma Privacy, conhecida por comercializar conteúdo adulto. “Estão afirmando falsamente que estou vendendo fotos de conteúdo erótico. Ressalto que nunca autorizei a criação, manipulação ou disseminação de qualquer material dessa natureza”, destacou a influenciadora em seu perfil oficial.
Ela afirma que essa prática não apenas representa um ataque à sua honra e privacidade, mas também compromete diretamente sua carreira e os contratos publicitários que mantém. A criadora de conteúdo reforça que jamais produziu ou comercializou esse tipo de material e que está tomando medidas legais para conter a propagação da fraude.
“Já tomei todas as providências cabíveis, incluindo a realização de boletim de ocorrência e ingresso com ação judicial para responsabilizar os envolvidos. Estamos solicitando a remoção imediata desses conteúdos nas plataformas em que foram divulgados”, completou.
Ruivinha também fez um apelo ao público para que denunciem qualquer perfil, site ou plataforma que utilize sua imagem de forma indevida. “Peço que não interajam, não compartilhem, não assinem nada! Apenas denunciem o perfil que sobe essas publicações falsas”, pediu a influenciadora, que soma milhões de seguidores nas redes.
O caso evidencia um problema crescente no ambiente digital: o uso de tecnologias de inteligência artificial para criação de deepfakes e fraudes. A prática tem atingido diversas figuras públicas, principalmente mulheres, e levanta questionamentos sobre a necessidade de legislações mais rígidas e mecanismos mais eficientes de combate à disseminação de conteúdo falso.
Especialistas em segurança digital alertam que o uso de imagem e voz de pessoas públicas sem autorização, especialmente em contextos sensíveis como o conteúdo adulto, pode configurar crimes como difamação, falsidade ideológica, e, em alguns casos, até mesmo violação dos direitos da personalidade.
No Brasil, o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) oferecem alguma proteção nesse tipo de caso, mas juristas apontam a urgência de regulamentações mais específicas que tratem diretamente dos riscos associados à inteligência artificial generativa.
“Confio na Justiça e não vou permitir que minha imagem seja usada desta maneira. Jamais venderia esse tipo de conteúdo”, concluiu Ruivinha de Marte, em um posicionamento firme contra os ataques virtuais que vem sofrendo.
*Fonte: AM POST