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31/05/2025
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Salazar contrata policiais militares expulsos por acusações de tortura e ameaça

Nomes dos três agentes envolvidos no caso de 2010 constam na lista de assessores parlamentares da CMM.

Foto: Reprodução

O vereador Sargento Salazar (PL) cumpriu o prometido à época das eleições de 2024 e nomeou para seu gabinete três policiais militares expulsos da corporação por acusação de tortura e ameaça: Alexandre Souza dos Santos, Marcos Teixeira de Lima, Rozivaldo de Souza Ferreira e Wesley Souza dos Santos. O quarteto consta como assistente parlamentar comissionado de nível 1 (APC-1), com salário mínimo, desde 23 de janeiro de 2025. Com as gratificações, os salários finais variam entre R$ 2,9 mil e R$ 3 mil.

Dos cinco envolvidos no caso, apenas André Luiz Castilhos Campos não ganhou um cargo no gabinete de Salazar. O grupo foi filmado ameaçando e atirando em um jovem de 15 anos em 2010 e acabaram retirados da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM). André Luiz e Rozivaldo Ferreira chegaram a ir a júri popular em 2012, sendo absolvidos, mas o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) conseguiu anular o julgamento.

Desde então, não houve novas movimentações sobre o caso e não ocorreu um segundo julgamento. Pouco tempo após ser eleito vereador de Manaus, Salazar afirmou em seu podcast que a situação dos policiais expulsos foi “muito triste” e que “ninguém nunca procurou ajuda-los”, prometendo nomear todos para o seu gabinete parlamentar.

O caso repercutiu nacionalmente em 2010 após as cenas da abordagem violenta dos PMs serem veiculadas pela TV A Crítica. As imagens foram gravadas no dia 17 de agosto daquele ano e mostram o policial agredindo o rapaz.

O então comandante-geral da Polícia Militar na época, Dan Câmara, afirmou que os policiais “tentaram burlar a ocorrência dizendo que teria sido um confronto”. Procurado pela reportagem em outubro do ano passado para comentar a contratação, o atual deputado estadual pelo Podemos afirmou que se “o regimento interno da CMM permite a contratação e o eleito assim o decidir, cabe ao povo que o elegeu avaliar”.

“Não votei no Salazar. Quanto à Justiça, cabe ao poder Judiciário julgar ou avaliar o mérito, no caso concreto”, disse.

Em resposta à reportagem, a assessoria do parlamentar afirmou que “as nomeações realizadas no gabinete do vereador Sargento Salazar seguem critérios técnicos, priorizando a qualificação profissional e a experiência dos nomeados, sempre com o objetivo de oferecer um serviço eficiente à população. Os ex-policiais militares contratados possuem uma trajetória relevante no serviço público e têm capacidade para contribuir de forma positiva com as ações e projetos do mandato”.

*Fonte: Acrítica

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