Banco cooperativista Sicredi anunciou nesta última quinta-feira (16) plano de expansão para o estado do Amazonas até 2026. O projeto prevê crescimentos na área de abrangência, número de associados e implementação de projetos sociais.
O empresário Adelson Fernandes virou um dos associados do Sicredi há cerca de nove meses. Dono de uma loja de instrumentos musicais, ele viu o empreendimento crescer após ter acesso à linhas de crédito e consultoria, cedidos pela cooperativa. Por ser um modelo cooperativista, além de cliente ele também é sócio e recebe os retornos do investimento no fim de cada ano.
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“Se não fosse a associação eu estaria parado no tempo, o Sicredi pra mim é mais que um banco, virou um parceiro, um amigo” disse o empresário.
Adelson é um dos 15.920 mil associados no Amazonas, onde o banco tem duas cooperativas desde 2020 (ano em que iniciou as atividades no estado) a Sicredi Vale do Cerrado e Sicredi Biomas. Atualmente são sete agências em seis municípios: Parintins, Itacoatiara, Manaus, Manacapuru, Boca do Acre e Guajará.
O grupo iniciou um projeto de expansão até 2026 no Amazonas focado em aumentar a capacidade de receber associados no interior do estado. A projeção é chegar a 15 municípios, 22 agências e 53 mil associados nos próximos anos. O planejamento também espera aumentar a capacidade de linha de crédito, em 2023 o saldo foi de R$ 249 milhões.
Segundo o Diretor Executivo da Sicredi Vale do Cerrado, Francisco Motta, uma das principais dificuldades que devem ser enfrentadas para alcançar o que foi traçado é o desconhecimento sobre como funcionam as cooperativas. Por outro lado, os esforços em divulgação e transparência já fizeram com que o conhecimento sobre a marca aumentasse de 1% para 4% entre a população amazonense nos últimos anos (2020 – 2023).
Outro fator que motiva a ampliação da rede é o foco que o banco oferta para pequenos empreendimentos. O principal destino dos R$ 249 milhões em crédito de 2023 foi para investimentos em micro, pequenas e médias empresas tanto em Pessoas Físicas, Jurídicas ou Agronegócio.
“Todas as pessoas podem fazer parte, produtores ruais, empresários ou pessoas físicas. Não oferecemos só crédito, mas um modelo de organização e enquanto cooperativa temos a facilidade de nos adaptarmos à realidade local” disse o gerente regional de desenvolvimento e negócios do Sicredi, Rudinei Kronbauer.
Desenvolvimento socioeconômico
Como resultado da expansão do banco no estado, projetos sociais também devem ser implementados nos municípios do Amazonas. Alguns já foram colocados em prática como na área da educação financeira através do “Cooperação na Ponta do Lápis”. Ele ensina sobre responsabilidade com o dinheiro para crianças e até o ano passado atendeu mais de seis mil pessoas.
O “Programa Crescer” também voltado para a educação, é outro exemplo. Ele já formou mais de três mil pessoas no Amazonas até o ano passado. A cooperativa também financia projetos sociais, neste modelo foram destinados R$ 60 milhões em todo o Brasil e nove propostas foram beneficiadas aqui no estado.
Além de expandir essas atividades, o banco pretende implantar o programa “A União Faz a Vida” nos municípios amazonenses. O projeto surgiu em 1995 para promover cidadania e estimular a cooperação entre as pessoas. Daquele ano até hoje foram mais de 534 mil crianças e adolescentes impactados. A expectativa é gerar desenvolvimento social e também econômico.
“Municípios que tem cooperativas de crédito tem entorno de 6% a mais no seu PIB [Produto Interno Bruto]. A cada R$ 35 reais que Sicredi empresta gera um emprego. É uma oportunidade de desenvolver economicamente e socialmente” disse o Diretor Executivo da Sicredi Vale do Cerrado, Francisco Motta.
Balanço de 2023
Nacionalmente, o Sicredi fechou o ano de 2023 em alta. A quantidade de capital gerenciado aumentou em 23% em comparação ao ano anterior e chegou a R$ 324,6 bilhões. A carteira de crédito também subiu, 21%, e alcançou R$ 210,5 bilhões.
No Amazonas, os números também foram positivos em comparação entre 2023 e 2022. Os R$ 249 milhões da carteira de crédito somam uma alta de 60%, enquanto os ativos subiram 33% e atingiram R$ 196,1 milhões.
*Fonte: Acrítica