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ArticulistasMarcos De Bona

SPRINGSTEEN: Salve-me do desconhecido – Caos, (de)pressão e personalidade forjam um verdadeiro artista

Baseado no livro de Warren Zanes, chega dia 30 de outubro nos cinemas.

(Foto: Reprodução)

Esse filme não é só sobre um artista fantástico, é sobre como ele se tornou um artista de verdade. Em um ponto crucial da sua vida, quando luta contra a depressão, Bruce Springsteen lança um disco intimista que é uma obra prima. Além de compor os maiores sucessos de sua carreira.

No começo dos anos 80, o rapaz (vivido por Jeremy Allen White) já fazia sucesso, tinha um certo reconhecimento mas ainda conseguia tocar com amigos no bar, andar pelas ruas de New Jersey e ser apresentado a uma fã por um velho colega de escola. O filme, ao nos jogar nessa época mágica, começa a nos conquistar.

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Depois de uma turnê bastante cansativa o músico se vira para dentro de si mesmo. No seu quarto, com um gravador simples, ele toca violão e escreve letras bastante pessoais. Era para ser apenas a pré-produção de músicas que mais tarde seriam trabalhadas em estúdio.

Enquanto isso ele começa um relacionamento com a irmã daquele seu colega de escola. Como a moça desconfiava, o namoro não é fácil. Bruce não estava lidando muito bem com a fama, a pressão da gravadora e enfrentava o começo de um processo de depressão.

No meio das sequências de shows, encontros amorosos, reuniões com o empresário e sessões de gravação, flashbacks em preto e branco retratam sua difícil infância, convivendo com o pai alcóolatra, vivido pelo sensacional Stephen Graham, e protegido pela sua mãe, a magnífica Gaby Hoffman.

É nesse período que ele compõe Born in The USA e Glory Days, grandes sucessos que a gravadora queria colocar no seu próximo disco. Mas o Bruce é conhecido como “The Boss”, o chefe. E ele conta com a ajuda preciosa de seu empresário Jon Landau (Jeremy Strong), para fazer exatamente o que quer. Lançar as músicas gravadas em seu quarto exatamente do jeito que elas soavam. Com todas as “imperfeições” reproduzidas fielmente em um disco intimista e genial. Assim nasceu Nebraska.

Esse conflito entre um material mais intimista ou mais comercial, é muito bem representado nos diálogos entre Bruce e seu empresário na frente do prédio da gravadora. As discussões sobre os problemaspessoais de Bruce, têm como pano de fundo a parede fria do prédio.Mas quando o assunto é sua carreira, o sucesso, as grandes gravações com vários músicos no estúdio. A câmera do diretor Scott Cooper, girapor trás de Bruce para colocá-lo de fundo para a rua, um cenário bem mais eloquente, grandioso e otimista.

Springsteen: Salve-me do desconhecido. Baseado no livro de Warren Zanes, chega dia 30 de outubro nos cinemas. Um ótimo filme, não só para os fãs, mas para quem aprecia uma história verdadeira, sobre um personagem complexo, fascinante e muito bem retratado nas telas.

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