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Saúde

Tendência perigosa: raspagem de cílios vira moda masculina nas redes e preocupa especialistas

A prática, que ganhou força nos Estados Unidos e Reino Unido e agora circula no Brasil, é tratada como estética nas redes, mas representa riscos sérios à saúde ocular.

(Foto: Reprodução/internet)

Uma nova onda que viralizou no TikTok vem acendendo um alerta entre oftalmologistas: jovens homens têm raspado totalmente os cílios como forma de afirmar masculinidade. A prática, que ganhou força nos Estados Unidos e Reino Unido e agora circula no Brasil, é tratada como estética nas redes, mas representa riscos sérios à saúde ocular.

Segundo o oftalmologista Lucas Zago Ribeiro, do Hospital Israelita Albert Einstein em Goiânia, os cílios são estruturas essenciais de proteção e não apenas estética. Eles funcionam como barreira contra poeira, microrganismos, radiação e ajudam a manter a lubrificação dos olhos. Sem eles, aumentam as chances de infecções, irritações e ressecamento.

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O médico alerta também para os riscos imediatos: o uso de lâminas ou objetos cortantes tão próximos do olho pode ferir a córnea e a borda palpebral, causando dor intensa e até comprometendo a visão. A raspagem ainda pode fazer partículas caírem dentro do olho, provocando inflamação ou infecção.

A ausência prolongada dos cílios favorece quadros como blefarite, ressecamento crônico e maior exposição a poeira e vento. Embora os fios cresçam novamente em quatro a dez semanas, danos repetidos podem afetar a raiz e levar ao crescimento irregular, mais fino ou até falhas permanentes.

Zago reforça que apenas casos específicos, como triquíase, exigem remoção controlada dos cílios, sempre com técnica médica. Ele também chama atenção para o papel dos influenciadores na disseminação de comportamentos arriscados, especialmente entre adolescentes que repetem tendências sem conhecer os impactos.

Quem já raspou os cílios deve observar sinais como ardor, vermelhidão, secreção ou dor, e procurar avaliação oftalmológica. Colírios lubrificantes podem aliviar, mas apenas o especialista consegue identificar infecções ou lesões mais graves.

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