O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) agendou para o dia 29 de setembro o julgamento do recurso apresentado pela defesa de Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja Cardoso. O pedido ganhou força após o Ministério Público do Estado (MPAM) reconhecer falha no processo e solicitar que o caso volte à primeira instância.
Segundo os advogados, houve prejuízo processual porque a defesa não teve acesso aos laudos definitivos da perícia criminal antes da sentença. Os documentos teriam sido anexados somente depois da entrega das alegações finais, o que, para os defensores, viola o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Acompanhe nosso 📌 Canal no WhatsApp
O MPAM admitiu a falha e apontou que os advogados não foram informados sobre os laudos antes da decisão judicial. Por isso, pediu a anulação parcial dos atos já realizados, com o retorno do caso ao juiz responsável pela primeira análise.
Mesmo reconhecendo o erro, o órgão ministerial ressaltou que existem provas consistentes contra os acusados, que reforçam a suspeita de associação criminosa voltada ao tráfico de drogas. Caso a nulidade não seja aceita, o MP defende a manutenção das condenações.
Relembre o caso
Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, foi encontrada morta em 28 de maio do ano passado, dentro de casa, por suspeita de overdose de cetamina.
As investigações apontaram que familiares de Djidja fundaram a seita religiosa “Pai, Mãe, Vida”, usada para promover o consumo da substância com promessas de elevação espiritual. O grupo acabou denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico.