Temos aqui o que eu diria ser um filmão! São 2 horas e 40 de Leonardo DiCaprio, Sean Penn, Benício del Toro e muito mais. Tecnicamente beira a perfeição e traz uma discussão muito atual.
Em tempos de debates políticos calorosos e ascensão da extrema direita, que é combatida pela esquerda. O filme mostra uma galera que anda meio em baixa, a extrema esquerda.
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Eles se dizem revolucionários, são chamados de terroristas e os dois termos fazem sentido. Eles defendem pautas progressistas e combatem o fascismo, o que é legal. Mas fazem isso usando da violência, que nunca se justifica. Raramente se justifica, muito raramente.
Começamos por volta de 2007. Bob, Leonardo DiCaprio é um revolucionário/terrorista um tanto amalucado. Uma visão um tanto preconceituosa, mas o personagem é ótimo! E Perfidia, a mulher dele, vivida por Teyana Taylor é mais louca que o Batman.
Logo no começo aparece o Coronel Lockjaw, Sean Penn, um militar americano, representando a extrema direita. Que inclusive quer entrar para uma Ku Klux Klan moderna, que tem um nome bizarro. É realmente difícil dizer qual é o personagem mais maluco desse filme.
Lockjaw e Perfídia desenvolvem uma relação totalmente abilolada de amor e ódio. Depois de um tempo nasce a filha da revolucionária. Então vemos uma inversão de papéis. O Bob cuida da filha e a mãe não abandona a luta, porém é capturada.
Dezesseis anos depois, está todo mundo com nome falso, vivendo com outras identidades. Bob, cria sua filha Willa sem a presença da mãe. Até que Lockjaw vai atrás da adolescente, porque ela pode lhe trazer problemas.
O caos se instaura novamente e Bob tem que voltar aos seus tempos de revolucionário para encontrar a filha, que herdou a personalidade briguenta e amalucada da mãe. Ótima atuação de Chase Infinity, aliás de todo o elenco. Incluindo o Del Toro que faz um sensei revolucionário que, para variar, tem uns parafusos a menos.
A fotografia também é muito boa e a excelente trilha sonora minimalista contribui e muito com o caráter vibrante e caótico do roteiro primorosamente escrito por Thomas Pynchon e Paul Thomas Anderson, que também dirige o filme magnificamente.

 

