Em um movimento que reflete a divisão no cenário político brasileiro, o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi assinado por 151 deputados federais. A ação, impulsionada pela oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ganhou força com uma petição virtual que já reunia cerca de 1,4 milhão de assinaturas até o momento da entrega do requerimento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No entanto, entre os sete representantes do Amazonas na Câmara dos Deputados, apenas Capitão Alberto Neto (PL) mostrou apoio à causa, sendo o único a assinar o pedido.
Os demais deputados federais do estado, Átila Lins (PSD), Silas Câmara (Republicanos), Sidney Leite (PSD), Saullo Vianna (União Brasil), Pauderney Avelino (União Brasil), Amom Mandel (Cidadania) e Adail Filho (Republicanos), optaram por não endossar o pedido, levantando questionamentos sobre sua atuação parlamentar e a falta de alinhamento com uma demanda significativa de seus eleitores.
O pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes se baseia em acusações de abuso de poder e violação de direitos constitucionais. Críticos afirmam que o ministro tem extrapolado suas funções no STF, especialmente no contexto das investigações dos atos de 8 de janeiro de 2023. Moraes, que tem atuado com rigor na aplicação da lei, se tornou alvo da oposição que vê suas decisões como uma ameaça à liberdade de expressão e um desrespeito às garantias constitucionais.
A postura dos deputados Átila Lins, Silas Câmara, Sidney Leite, Saullo Vianna, Pauderney Avelino, Amom Mandel e Adail Filho em não assinar o pedido de impeachment chama atenção, sobretudo pelo contexto político em que o país se encontra.
A ausência de apoio ao impeachment de Alexandre de Moraes por parte dos sete deputados federais do Amazonas sugere uma desconexão com parte de seu eleitorado, especialmente em um momento de intensa polarização política.
Entre os senadores amazonenses, o opositor Plínio Valério é abertamente contrário a Alexandre de Moraes e apoia seu afastamento.
*Fonte: Acrítica