O vereador Rosinaldo Bual (Agir) foi preso nesta sexta-feira (3) em uma ação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) que investiga uma organização criminosa instalada na Câmara Municipal de Manaus. Além dele, dois assessores foram detidos, entre eles a chefe de gabinete, Luzia Barbosa.
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o esquema envolvia práticas como a rachadinha, em que servidores são obrigados a devolver parte dos salários ao parlamentar. As apurações indicam que mais de cem pessoas já passaram pelo gabinete de Bual desde o início do mandato.
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Durante a operação, agentes encontraram três cofres no gabinete do vereador. Como ele se recusou a fornecer as senhas, os cofres foram recolhidos e encaminhados para perícia.
Histórico político
Ex-sargento do Exército, Rosinaldo Bual construiu carreira como instrutor e empresário do setor de trânsito, além de trabalhos sociais na Compensa, zona Oeste de Manaus. Foi eleito vereador em 2016, reeleito em 2020 e conquistou o terceiro mandato em 2024, já pelo partido Agir.
Posição da CMM
A Câmara Municipal informou, em nota, que está colaborando com as investigações e reforçou o compromisso institucional com a transparência e a legalidade.
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) informa que o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), esteve na Casa Legislativa na manhã desta sexta-feira, 3 de outubro, para a realização de diligências nas dependências de um gabinete parlamentar.
No âmbito de suas atribuições, a CMM reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a colaboração com os órgãos de controle e fiscalização.
A CMM seguirá à disposição das autoridades competentes.

 

